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Polícia

O que levou Ronnie Lessa, assassino de Marielle Franco, a pedir para sair do presídio de Tremembé

Lessa foi transferido para penitenciária no DF no último sábado, 22, após aprovação no STF

24 nov 2025 - 14h36
(atualizado às 14h44)
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Resumo
O ex-policial militar Ronnie Lessa — autor confesso dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes — deixou o presídio de Tremembé, em São Paulo, após alegar suspeita e temor de ser envenenado dentro da unidade. A transferência para a Penitenciária IV do Distrito Federal ocorreu no sábado, 22, após o quarto pedido apresentado pela defesa.
Ronnie Lessa em audiência virtual
Ronnie Lessa em audiência virtual
Foto: Reprodução

O ex-policial militar Ronnie Lessa — autor confesso dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes — deixou o presídio de Tremembé, em São Paulo, após alegar suspeita e temor de ser envenenado dentro da unidade. A transferência para a Penitenciária IV do Distrito Federal ocorreu no sábado, 22, após o quarto pedido apresentado pela defesa. Os detalhes do caso foram divulgados pelo jornal O Globo.

De acordo com o advogado Saulo Carvalho, Lessa estava isolado, sem acesso a estudos ou atividades, e passou a se sentir mal após consumir refeições fornecidas pelo presídio. A defesa afirmou que ele suspeitava de envenenamento. Por esse motivo, o preso começou a recusar a alimentação oferecida e a consumir apenas itens permitidos levados pela família. Ele teria perdido cerca de 10 quilos.

Lessa foi enviado a Tremembé depois de firmar delação premiada no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na qual apontou como supostos mandantes do crime o conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, o ex-deputado Chiquinho Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.

A defesa afirmou ao jornal que, embora o acordo previsse sua permanência em Tremembé 2 (unidade onde costumam ficar presos de casos de grande repercussão) ele acabou alocado na Penitenciária 1, destinada a internos comuns e membros de facções. Por ser ex-PM e delator, Lessa dizia temer por sua integridade física.

Ainda segundo O Globo, uma visita da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF) à unidade, em fevereiro, teria agravado a tensão. A defesa relata que, após a inspeção, surgiram rumores de possíveis retaliações. Os investigadores da PF produziram um relatório citando irregularidades na penitenciária.

A situação motivou Lessa a recusar a comida da unidade, o que levou a administração de Tremembé a abrir um processo disciplinar por suposta greve de fome, uma versão que é contestada pela defesa.

Nos pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados solicitaram transferência urgente para Brasília, argumentando que a nova unidade poderia garantir a segurança de Lessa. Em 3 de outubro, a defesa reforçou o alerta de risco e citou “interesse público” no caso.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a transferência, concluída no último sábado. A Penitenciária IV do DF é considerada segura e moderna, o que auxilia no cumprimento das exigências do acordo de delação.

O Terra procurou o STF e a defesa de Ronnie Lessa, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. O julgamento dos acusados apontados na delação ainda não tem data definida.

Fonte: Portal Terra
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