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Polícia

MP-RJ designa Gaeco para acompanhar caso Amarildo

11 out 2013 - 21h01
(atualizado às 21h05)
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O procurador-geral de Justiça Marfan Martins Vieira designou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), para acompanhar os desdobramentos do caso do desparecimento do pedreiro Amarildo de Souza junto à Justiça.

De acordo com o Ministério Público fluminense, a escolha foi feita “com base no trabalho investigativo que o Gaeco já desenvolve em alguns dos crimes de maior repercussão no País, bem como no combate a organizações criminosas que envolvem, direta ou indiretamente, policiais corruptos, auxiliando no controle externo das polícias”.

Buscas não localizaram corpo de pedreiro

A operação de busca feita nesta sexta-feira pela Polícia Civil do Rio de Janeiro não conseguiu localizar o corpo do pedreiro. Durante quatro horas, 30 policiais civis e 40 homens do Corpo de Bombeiros vasculharam uma área de floresta nas proximidades da favela da Rocinha, na zona sul da capital fluminense, sem encontrar qualquer vestígio. Amarildo está desaparecido desde 14 de julho, depois de ser levado por policiais militares (PMs) para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade.

A delegada Elen Souto, da Divisão de Homicídios, responsável pela operação, disse que as buscas de hoje foram feitas com base em informações de moradores da favela de que o corpo possivelmente estaria perto de uma represa na região.

"A Divisão de Homicídios retornou à localidade da Rocinha visando a complementar as buscas feitas anteriormente tanto pela 15ª Delegacia Policial como pela própria Divisão de Homicídios", disse. De acordo com a delegada, foram vasculhadas as áreas das represas do Laborioux e da Dioneia, saindo do Parque Ecológico, onde fica a UPP.

Apesar de a operação não ter encontrado o corpo do ajudante de pedreiro, Elen Souto garantiu que o trabalho de busca vai continuar. "Não conseguimos encontrar nada. Mas eu gostaria de esclarecer que, enquanto houver informação sobre a possível localização dos restos mortais do Amarildo, a Divisão de Homicídio fará operações."

De acordo com ela, ainda não há qualquer encaminhamento sobre a possibilidade de delação premiada, para o caso de algum policial militar indiciado no inquérito aceitar colaborar com as investigações. A delegada confirmou que houve pressão por parte do major Edson dos Santos, então comandante da UPP, para que os PMs envolvidos mantivessem a mesma versão da história. "Nosso trabalho de inteligência revelou que os advogados eram indicados pelo major Edson, com o objetivo de controlar o que os policiais falavam na Divisão de Homicídios. Isso está no trabalho de inteligência, plenamente provado", disse.

O coronel José Albucacys, do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, que também participou da operação de busca, informou que uma das represas foi esvaziada para facilitar o trabalho. A outra represa era pequena, mas foi necessário usar os mergulhadores. "Nosso mergulhador fez a varredura em toda a represa, constatou que tinha meio metro de lodo, a gente levantou o lodo e não encontrou nada." O coronel disse ainda que dois cães também foram usados nas buscas.

Fonte: Terra
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