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Polícia

Milk-shake, bolo, feijoada: entenda como suposta ‘serial killer’ envenenou vítimas

A universitária Ana Paula Veloso Fernandes usava alimentos para aplicar veneno nas vítimas

17 out 2025 - 15h44
(atualizado às 16h13)
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Resumo
A universitária Ana Paula Veloso Fernandes, acusada de ser uma "serial killer", teria envenenado quatro pessoas misturando veneno em alimentos e bebidas, com motivações financeiras e pessoais, enquanto sua irmã gêmea também é indiciada por participação nos crimes.
A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa em São Paulo sob acusação de envenenar quatro pessoas — três em cidades paulistas e uma no Rio de Janeiro
A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa em São Paulo sob acusação de envenenar quatro pessoas — três em cidades paulistas e uma no Rio de Janeiro
Foto: Divulgação TJSP

A estudante de direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, acusada de matar quatro pessoas envenenadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, usava alimentos para matar as vítimas. De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), ela misturava chumbinho, veneno ilegal usado para matar ratos, em comidas e bebidas oferecidas às vítimas.

As investigações apontam que as mortes tinham motivações financeiras e pessoais. O caso é tratado como uma série de homicídios, e a Justiça classificou Ana Paula como uma “serial killer”. A irmã gêmea dela, Roberta Cristina Veloso Fernandes, também está presa e foi indiciada por participação nos crimes.

Segundo a denúncia, as mortes ocorreram entre janeiro e maio de 2025 e seguiram um padrão: a suspeita oferecia refeições envenenadas durante encontros sociais, em ambiente doméstico.

As vítimas identificadas são Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos; Hayder Mhazres, em São Paulo; e Neil Corrêa da Silva, no Rio de Janeiro.

Bolinho envenenado

O primeiro homicídio ocorreu em janeiro de 2025. Ana Paula morava nos fundos da casa de Marcelo Hari Fonseca, de 52 anos, e teria preparado um bolinho frito com chumbinho. “Eu só dei o bolinho. Ele comeu e logo depois começou a passar mal”, disse Ana em interrogatório.

A suspeita pretendia ficar com o imóvel da vítima. Resquícios do veneno foram encontrados na pia e no lixo da cozinha. Marcelo morreu poucas horas depois, e o caso foi inicialmente tratado como mal súbito. Ana Paula nega ter envenenado o homem com o bolinho, segundo o Ministério Público.

Café e bolo

Em abril, a universitária recebeu em casa a amiga Maria Aparecida Rodrigues, que havia conhecido por um aplicativo de relacionamentos. Usando um nome falso, Ana ofereceu café e bolo à visitante. Horas depois, Maria passou mal e morreu.

O laudo toxicológico confirmou a presença de substâncias compatíveis com veneno de rato. A investigação aponta que Ana tentou incriminar um ex-namorado da vítima.

Feijoada envenenada no Rio

Também em abril, Ana Paula viajou ao Rio de Janeiro para executar um crime encomendado por Michele Paiva da Silva, ex-colega de faculdade, que teria oferecido R$ 4 mil para que ela matasse o próprio pai, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos.

Ana preparou uma feijoada batida com veneno, servida durante o almoço da vítima em Duque de Caxias. “Dei duas colheres da feijoada batida. Ele comeu, deitou e começou a dizer que estava mal”, relatou a acusada à polícia.

Antes do crime, Ana teria testado o veneno em 10 cachorros para medir o tempo de ação da substância.

Milk-shake

A quarta vítima foi o tunisiano Hayder Mhazres, de 21 anos, com quem Ana se relacionava. O jovem teria manifestado o desejo de terminar o namoro após desconfiar de uma falsa gravidez.

Em maio, durante um encontro, Ana ofereceu a ele um milk-shake preparado por ela. Horas depois, Hayder morreu com sintomas de intoxicação aguda. Após o crime, a suspeita tentou se passar por companheira da vítima para pleitear herança e bens. Ela nega que tenha matado o homem.

Prisão e acusação

As duas irmãs foram presas preventivamente e respondem por quatro homicídios qualificados, associação criminosa e ocultação de provas.

Na decisão que aceitou a denúncia, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo destacou a premeditação e frieza de Ana Paula, chamando-a de “serial killer”.

O advogado Almir da Silva Sobral, que representa as gêmeas, afirmou em nota que “qualquer afirmação prematura sobre a participação das duas nos crimes viola o princípio da presunção de inocência”. “Acreditamos que, ao final da apuração, a verdade real virá à tona”, disse a defesa.

Fonte: Portal Terra
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