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Polícia

PM é assassinado e mais um ônibus é incendiado na Grande BH

Policial estava de folga e foi abordado por bandidos quando deixava a namorada em casa.

4 fev 2018 - 14h50
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Rogeris Junio Gonzaga
Rogeris Junio Gonzaga
Foto: Divulgação

O soldado da Polícia Militar Rogeris Junio Gonzaga dos Reis, de 22 anos, foi morto por bandidos em Contagem, na Grande BH. Ele estava de folga e havia deixado a namorada em casa, no bairro Parque São João.

As primeiras informações da polícia são de que o soldado foi abordado por bandidos e questionado porque não abaixou os vidros do carro ao entrar numa das ruas do bairro. A “ordem” de facções que atuam na região é de que motoristas devem abaixar os vidros do carro e motoqueiros devem tirar o capacete para serem identificados.

A Polícia não acredita que haja alguma relação na morte do PM com o ônibus queimado nesta madrugada.

Ônibus queimado e ameaça a agentes

Bilhete deixado por bandidos
Bilhete deixado por bandidos
Foto: Divulgação

Também em Contagem e menos de uma semana depois de incendiar outro ônibus e reclamar da opressão dentro da Penitenciária Nelson Hungria, presos voltaram a ameaçar autoridades em Minas Gerais. Dessa vez, além de queimar mais um ônibus, o recado deixado pelos bandidos é endereçado aos agentes penitenciários da unidade prisional e agentes do sistema de segurança mineiro.

O mais recente caso de ônibus incendiado ocorreu na madrugada deste sábado (3) numa ação semelhante à ocorrida na semana passada. Um novo bilhete entregue ao motorista que saía da garagem da empresa de transportes ameaçava agentes penitenciários. Dois homens chegaram numa moto e obrigaram o trabalhador a descer do ônibus e atearam fogo em seguida. O recado dizia que um posto de gasolina seria incendiado por semana e um ônibus todo dia, até que parasse a “palhaçada” na Nelson Hungria.

“O papo está sendo dado, se não parar com essa palhaçada na Nelson Hungria essa oprimissão vai cair um agente por dia vai ser queimado um posto de gasolina por semana e um ônibus por dia. O papo foi dado.”

Na semana passada, presos gravaram um vídeo dentro do presídio reclamando de falta de água para beber e necessidades básicas. Sem se identificar, dois detentos ainda ameaçaram o juiz da Vara de Execuções Criminais, Wagner Cavalieri.

Na segunda-feira (29) agentes penitenciários e policiais fizeram uma revista nas celas da unidade prisional. Dois dias antes, oito presos conseguiram fugir, entre eles um dos homens considerados chefe do tráfico na Região Metropolitana de BH e apontado como sendo o elo entre facções cariocas e mineiras.

Tensão no Sistema Prisional

Desde o ano passado episódios violentos vem sendo registrados no Sistema Prisional mineiro. Em setembro, um motorista de ônibus foi abordado em Esmeraldas e obrigado a dirigir até a porta do presídio. Ele foi liberado e o veículo incendiado na entrada da penitenciária Nelson Hungria. Em outubro dois agentes foram baleados quando chegavam ao posto de trabalho, na mesma penitenciária.

Em dezembro seis ônibus foram queimados em dois dias. O motivo da onda de ataques seria reivindicações por melhoria na unidade prisional localizada em Ribeirão das Neves, também na Grande BH.

A Polícia Civil está periciando o bilhete e à procura dos mandantes, mas até o momento ninguém foi preso.

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Fonte: Especial para Terra
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