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Polícia

Ladrões que abordaram cardeal aparentavam estar drogados

Religiosos disse que bandidos eram jovens e estavam armados com pistolas; polícia encontrou o carro roubado do cardeal

6 jul 2015 - 21h44
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A polícia localizou nesta segunda-feira (6) à tarde, no bairro de Coelho Neto, uma das regiões mais perigosos do Rio, na zona norte da cidade, o carro usado pelo cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, roubado no domingo à noite (5), quando ele voltava de uma missa na zona oeste da cidade.

Dom Orani Tempesta sofreu o segundo assalto no ano
Dom Orani Tempesta sofreu o segundo assalto no ano
Foto: Agência Brasil

O cardeal conversou com os jornalistas nesta segunda-feira antes de celebrar uma missa de sétimo dia, no Outeiro da Glória. Segundo ele, os homens  que o abordaram "eram jovens, estavam armados com pistolas e aparentavam estar drogados".

Dom Orani disse que os assaltantes levaram o celular dele, cartões de crédito, dinheiro, paramentos da igreja e uma cruz de prata, ofertada pelo Papa  João Paulo II. O cardeal disse que esse tipo de assalto acontece com muita gente na cidade. "Eu rezo para que esses jovens encontrem família e pessoas que os ajudem a mudar de vida e serem felizes. Se eles forem menores, como aparentam, a solução seria a educação e não à prisão. É preciso recuperá-los com a educação, como uma forma de despertar neles outros valores, não apenas o mal".

Na hora do assalto, Dom Orani estava acompanhado do motorista da Arquidiocese do Rio, Aloísio de Castro e de um casal de amigos italianos. O carro em que ele estava foi parado por outro, com vários jovens, que mandaram que os ocupantes descessem, e levaram o veículo. O motorista ainda chegou a ser levado como refém por cerca de 200 metros e, em seguida, foi liberado.

Este é o segundo assalto sofrido por Dom Orani no Rio de Janeiro. Em setembro do ano passado, o arcebispo foi roubado em Santa Teresa, centro do Rio, quando passava de carro com o motorista, um seminarista e um fotógrafo. Ele foi parado por três criminosos, que levaram o anel, o cordão e o crucifixo usado pelo cardeal, mas boa parte do que tinha sido levado foi abandonado pelos ladrões, e recuperado pela polícia, logo após as notícias sobre a pessoa que eles tinham roubado.

O bairro de Coelho Neto, onde o carro do cardeal foi encontrado, batido na lateral, fica perto do morro da Pedreira, comandado pelo traficante Celso Pinheiro Pimentel, o Playboy, um dos principais traficantes de drogas do Rio. O Portal dos Procurados do Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 50 mil, a quem der informações sobre seu paradeiro. A quadrilha é reponsável por vários ataques a carros de entrega, principalmente de cigarros, eletroeletrônicos, remédios e alimentos.

Agência Brasil Agência Brasil
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