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Polícia

Justiça ouve acusados de torturar suspeitos de matar Tayná

7 mai 2014 - 19h28
(atualizado às 19h32)
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Policiais acusados de torturar os quatro acusados de estuprar e matar a menina Tayná Adriane da Silva, 14 anos, chegam ao Fórum de Colombo
Policiais acusados de torturar os quatro acusados de estuprar e matar a menina Tayná Adriane da Silva, 14 anos, chegam ao Fórum de Colombo
Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo / Futura Press

Foram ouvidos nesta quarta-feira pela Justiça em Colombo (PR) policiais acusados de torturar os quatro suspeitos de estuprar e matar a menina Tayná Adriane da Silva, 14 anos, na mesma cidade. Segundo a acusação, os policiais fizeram os suspeitos confessarem o crime sob tortura. 

Ocorre uma investigação e um julgamento relacionados ao caso: o primeiro sobre o assassinato da adolescente e o segundo sobre a tortura dos suspeitos. Caso a Justiça determine que a confissão foi sob tortura, ela poderá ser anulada – e não poderá ser utilizada na investigação.

Estão sendo processados um delegado, 11 policiais civis, um agente de apoio da Polícia Civil, dois guardas municipais, um soldado da Polícia Militar, um auxiliar de carceragem, um soldado aposentado da Polícia Militar e dois presos. Quase todos são acusados de tortura. A exceção é o auxiliar de carceragem, que está sendo processado por prática dos crimes de abuso de autoridade e lesões corporais.

Caso Tayná

Tayná desapareceu no dia 25 de junho de 2013, quando voltava da casa de uma amiga, nas proximidades de um parque de diversões, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O corpo da menina foi encontrado no dia 28 de junho. Três dos quatro suspeitos, presos no dia anterior, confessaram ter estuprado e matado Tayná. Um deles não teria participado diretamente do crime. No mesmo dia, o parque de diversões foi depredado e incendiado por moradores da região.

No dia 5 de julho, a Polícia Civil conclui o inquérito, indiciando Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, 22 anos, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25 anos, por estupro e assassinato da menina. Ezequiel Batista, 22 anos, irmão de Adriano, foi indiciado como cúmplice do crime. 

Porém, no dia 9 de julho, o resultado de exame de DNA indicou que o sêmen encontrado na calcinha da garota não é compatível com o material genético de nenhum dos quatro acusados. Na sequência, em depoimento ao Ministério Público, os quatro acusados negaram participação no crime e denunciaram terem confessado sob tortura. Com a contradição entre o inquérito e a prova pericial, o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, e este ainda está aberto.

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Fonte: Terra
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