Ex-jornalista da Globo é presa acusada de injúria racial em festa de formatura no Rio
Mulher ofendeu funcionários após ser avisada que banheiro estava fechado
Jornalista e ex-editora da Globo Mônica da Mota Soares Malta foi presa em flagrante no Rio de Janeiro por injúria racial durante festa de formatura, alegando interação de bebida alcoólica com medicamentos como causa do ocorrido.
Uma jornalista foi presa em flagrante por injúria racial contra uma funcionária que trabalhava na festa de formatura de seu filho na Cidade Nova, no Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira, 19. A mulher foi identificada como Mônica da Mota Soares Malta, apontada como ex-editora do Jornal da Globo.
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De acordo com informações inicialmente publicadas pela Band, a jornalista proferiu ofensas contra a vítima após ser informada de que o banheiro do espaço estava fechado. Um vídeo publicado pela emissora mostra parte dos ataques.
“Uma preta não quer que eu faça xixi. Estou cansada disso. Eu sou branca, ela é preta e acha que eu não posso entrar”, disse a jornalista durante a discussão com funcionários.
Segundo a vítima, a jornalista ainda disse que a "a macacada toda se reuniu", após outros funcionários se aproximarem do local. A Polícia Militar foi então acionada, e os envolvidos foram levados para a delegacia.
Em depoimento às autoridades, Mônica afirmou que a bebida alcoólica que consumiu interagiu com medicamentos controlados em seu organismo. Ela também explicou que não lembra o que falou no momento e, dizendo estar envergonhada com a situação, pediu perdão. Um laudo psiquiátrico foi anexado ao processo.
Procurada pelo Terra, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que "o caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca)". A reportagem também tentou contato com a Globo, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. A defesa de Mônica não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.