PUBLICIDADE

Polícia

Em alta, latrocínios fazem 206 vítimas em São Paulo no semestre

25 jul 2013 - 15h36
(atualizado às 15h38)
Compartilhar
Exibir comentários

Nos seis primeiros meses do ano, 206 pessoas foram mortas durante assaltos no Estado de São Paulo, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Secretaria de Segurança Pública. Foram 101 mortes no primeiro trimestre e outras 105 no segundo. Os crimes de latrocínio estão em alta desde 2011, quando 329 pessoas foram mortas em assaltos. Esse número cresceu para 353 no ano passado.

Na série histórica disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, iniciada em 1996, o pior momento foi o ano de 1999, em que foram contabilizados quase dois crimes de latrocínio por dia. Naquele ano, foram 670 registros. Até 2004 as estatísticas apontam apenas o número de crimes em que pessoas foram mortas e não o total de vítimas, que passa a fazer parte dos levantamentos somente a partir do ano seguinte. Desde 2005, números mostram que o ano com o menor número de registros foi 2010, com 255 mortes em assaltos.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, afirmou que o latrocínio segue sendo a principal preocupação da pasta. O órgão divulgou um balanço criminal no mês de junho, que mostra que não houve mudança significativa em relação ao roubo seguido de morte no mesmo mês do ano passado.

"Neste mês de junho foi o menor índice do ano. É o crime que mais nos preocupa e temos cobrado as polícias, mas isso só vai baixar ainda mais com incremento das policias e o resultado virá ao longo do tempo. Temos que trabalhar e aumentar o número de apreensão de armas e prisões. É um trabalho permanente, de medidas estruturais", afirmou Grella.

Para contribuir com a queda dos índices de criminalidade e aprimorar a maneira de coleta e exposição de dados, a SSP divulgou também a criação de uma câmara técnica. "É mais uma medida para aprimorar a transparência e a qualidade das informações. Estamos adotando uma série de medidas, como politica de bonificação, rapidez no registro de ocorrência, com o objetivo de divulgar no ano que vem os índices diariamente e não mais mensalmente", disse Grella.

Renato Sérgio de Lima, um dos coordenadores dessa câmara, acredita que a ideia é modernizar a maneira de analisar as informações do banco de dados que, segundo ele, vem dos anos 80.

"Um dos fundamentos básicos é a qualidade da informação. A melhor forma de lidar com isso é com a transparência e pensamos em um fórum onde você tem, na prática, diferentes olhares sobre aquelas informações. São Paulo tem um conjunto muito grande de informações e dados. E essa câmara teria um papel de análise. O objetivo é ter os dados diariamente e quais indicadores são mais adequados para medir a segurança pública em São Paulo", afirmou Renato.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade