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Polícia

Deputado TH Joias é preso em condomínio de luxo por venda de armas para facção no Rio

Deputado estadual é foco de operação; assessores parlamentares e traficantes também são alvo

3 set 2025 - 07h35
(atualizado às 10h08)
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Resumo
Justiça do Rio lança operação para prender o deputado estadual TH Joias por tráfico, corrupção e ligação com o Comando Vermelho; ele teria usado o cargo para favorecer a facção.
Deputado Thiego Santos, conhecido como TH Joias, do MDB é apontado pelo MPRJ como facilitador de venda de armas e tráfico
Deputado Thiego Santos, conhecido como TH Joias, do MDB é apontado pelo MPRJ como facilitador de venda de armas e tráfico
Foto: Reprodução/Instagram/@deputadothiegosantos

A Justiça ordenou a prisão preventiva do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias (MDB) por suspeita de tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e venda ilegal de armas de uso restrito para uma facção criminosa. Ele é um dos alvos da operação, desta quarta-feira, 3, da Polícia Federal (PF), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O deputado foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca na manhã desta quarta-feira. Ao todo, 14 pessoas já foram presas. Segundo o MP-RJ, os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia e Copacabana. O Terra tenta contato com a defesa de TH Joias.

De acordo com a PF, a Operação Zargun mira traficantes, o deputado estadual, um delegado da PF, policiais militares e um ex-secretário municipal e estadual, todos investigados por atuação em favor da facção.

Os policiais cumprem também 18 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal e Estadual. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região também determinou o sequestro de bens e valores dos investigados, somando R$ 40 milhões, além do afastamento de agentes públicos, suspensão de atividades de empresas utilizadas para lavagem de dinheiro e transferência emergencial de lideranças da facção para presídios federais de segurança máxima.

Investigação

As investigações identificaram um esquema de corrupção envolvendo a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes políticos e públicos, incluindo um delegado da PF, policiais militares, ex-secretário municipal e estadual e um deputado estadual empossado em 2024, segundo a PF.

A organização se infiltrava na administração pública para garantir impunidade e acesso a informações sigilosas, além de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos até para facções rivais.

A operação faz parte da Operação Redentor 2, voltada à implementação das diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ação ADPF 635, também conhecida como "ADPF das Favelas", com foco na ampliação dos recursos humanos e materiais destinados ao combate à criminalidade violenta no estado do Rio de Janeiro.

Como funcionava o esquema

Os acusados mantinham vínculos estáveis com a facção criminosa Comando Vermelho, segundo a denúncia. Eles atuavam nos Complexos da Maré e do Alemão e na comunidade de Parada de Lucas. O grupo é acusado de intermediar a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones usados para dificultar operações policiais nesses locais, ocupados pela facção. Além disso, eles movimentavam um alto valor de dinheiro em espécie para financiar essas atividades ilegais.

Para o MP-RJ, o deputado usou o mandato para favorecer a organização criminosa, nomeando comparsas para cargos na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Outro denunciado é apontado como uma das lideranças da facção, responsável pelo controle financeiro do grupo e pela autorização de grandes pagamentos. Um terceiro denunciado era o tesoureiro, encarregado de armazenar as drogas e guardar valores milionários, além de pagar e intermediar as compras de armas e munições.

Um quarto denunciado atuava como fornecedor de equipamentos especializados para a facção, em especial os antidrones. Ele também fazia testes em campo e ensinava aos outros como usá-los. Ele também trabalhava como assessor parlamentar de TH Joias, como forma de encobrir os crimes.

Uma quinta pessoa acusada foi nomeada para um cargo comissionado na Alerj, e sua função era servir de elo entre o grupo criminoso e o Legislativo. A assessora contribuia para acobertar o papel desempenhado pelo tesoureiro, com quem é casada.

A investigação tramitou na Procuradoria-Geral de Justiça por envolver agente político com foro por prerrogativa de função.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Fonte: Redação Terra
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