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MP pede afastamento de Andrés, Duílio e Augusto do Corinthians durante investigação

Promotoria teme obstrução na apuração sobre eventuais crimes no uso indevido de cartão corporativo e fraude na prestação de contas; Andrés diz que 'sempre se pautou pela legalidade'; Augusto fala que 'pautou sua conduta pela transparência'; 'Estadão' tenta contato com a defesa de Duílio

1 set 2025 - 22h44
(atualizado às 22h44)
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A investigação sobre o uso indevido do cartão corporativo e fraude na prestação de contas em antigas gestões do Corinthians ganhou desdobramento nos últimos dias. O Ministério Público de São Paulo solicitou à Justiça que os últimos três presidentes do clube, Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo, deixem de participar temporariamente de "órgãos deliberativos com poder decisório" enquanto perdurar a apuração. O caso ainda não foi discutido pela Justiça e ainda carece de uma definição.

Por meio de nota enviada pela sua defesa, Sanchez argumenta que sua atuação no Corinthians "sempre se pautou pela legalidade, responsabilidade e compromisso institucional". Também em comunicado, Augusto Melo fala que sempre "autou sua conduta pela transparência". (Veja nota completa abaixo)

O Estadão tenta contato com a defesa de Duílio Monteiro Alves. Caso haja um posicionamento, ele será incluído na matéria.

MP investiga desvios no Corinthians com uso indevido de cartão corporativo e fraude em prestações de contas.
MP investiga desvios no Corinthians com uso indevido de cartão corporativo e fraude em prestações de contas.
Foto: Fabio Vieira/Estadão / Estadão

A Promotoria deu início às investigações em agosto quando vieram à tona notícias sobre o uso do cartão corporativo vinculado à presidência do Corinthians. O MP identifica fortes indícios de furto qualificado, com compras em empresas de fachada e em bens incompatíveis com as necessidades do clube, como um kit babyliss e o medicamento Cialis 20 mg (para disfunção erétil).

Na nova manifestação, assinada pelo promotor Cássio Roberto Conserino, o MP aponta risco de obstrução às investigações por causa do prestígio político que os acusados possuem no Parque São Jorge. O documento ainda fala nas possibilidades de haver tentativa de "intimidar", "ameaçar" e "amedrontar" pessoas que possam atender às requisições feitas pelo Ministério Público.

Afastado definitivamente do cargo após processo de impeachment, Augusto Melo não ocupa qualquer cargo atualmente nos conselhos do Corinthians, uma vez que teve seus "direitos políticos" caçados. Mesmo "por remota hipótese", o MP reforçou o pedido de afastamento do ex-dirigente de quaisquer cargos em conselhos.

Nos primeiros documentos sobre a investigação, obtidos pela reportagem do Estadão, o MP identificou uma relação de aquisições ou supostas aquisições com empresas regulares ou de fachada, sem qualquer pertinência com os interesses do Sport Club Corinthians Paulista ou, no último caso, com o objetivo de sangrar os cofres do referido time de futebol.

Ao citar compras suspeitas, a Promotoria alega que, apenas na última semana de outubro de 2023, o Corinthians, sob a gestão de Duílio Monteiro Alves, gastou R$ 32,5 mil em uma empresa de alimentos (Oliveira Minimercado Ltda) cujo endereço não consta "qualquer comércio ou resquício de comércio". Conserino destaca que foi até o local e constatou in loco que, de fato, naquele endereço "não consta ou constou comércio algum".

Para ele, "considerando isoladamente essa circunstância, já bastaria para exsurgir justa causa para aditamento da presente portaria e consequente persecução investigatória, porque, em tese, há a possibilidade de relação 'comercial' com empresa de fachada e, consequentemente, furto/desvio de dinheiro do Sport Club Corinthians Paulista".

Nota da defesa de Andrés Sanchez

Andrés Sanchez, por meio de sua defesa conduzida pelo advogado Fernando José da Costa, reafirma que sua atuação à frente do Sport Club Corinthians Paulista sempre se pautou pela legalidade, responsabilidade e compromisso institucional.

A defesa ressalta que o pedido formulado pelo Ministério Público, referente à medida cautelar de afastamento temporário dos Conselhos Deliberativos, de Orientação ou de qualquer outro do clube não representa juízo de culpa, tratando-se apenas de providência de natureza processual. Por essa razão, Andrés Sanchez manifesta sua plena confiança na Justiça e na condução imparcial das investigações.

O ex-presidente permanece à inteira disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários e apresentar toda a documentação apta a comprovar a regularidade de sua gestão e de sua atuação no âmbito do clube.

Nota da defesa de Augusto Melo

A defesa do ex-presidente Augusto Melo esclarece que, muito embora o pedido formulado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo vise o afastamento de alguns conselheiros e, de forma reflexa, pretenda também alcançar o nome do ex-presidente, é importante destacar que, da parte de Augusto Melo, não há qualquer objeção, resistência ou receio em relação a tal medida.

Durante toda a sua gestão à frente do Sport Club Corinthians Paulista, Augusto Melo pautou sua conduta pela transparência e pela responsabilidade, a ponto de jamais ter feito uso de seu cartão corporativo. Assim, entende que eventual apuração, longe de representar qualquer ameaça, apenas reforçará sua idoneidade e demonstrará, de maneira inequívoca, que sempre agiu com zelo e probidade na administração do clube.

Por essa razão, recebe com absoluta serenidade a iniciativa do Ministério Público, reafirmando que não teme qualquer investigação e que está convicto de que a verdade dos fatos evidenciará sua postura correta e responsável diante do Corinthians e de sua torcida.

Estadão
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