Com Cabral e Beltrame, PM inaugura 3ª UPP do Complexo do Alemão
- Giuliander Carpes
- Direto do Rio de Janeiro
A Polícia Militar do Rio de Janeiro inaugura às 10h desta sexta-feira a terceira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Alemão. A 22ª unidade do Estado vai atender os morros do Adeus e da Baiana. O governador Sérgio Cabral (PMDB) e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, devem comparecer ao evento. O Alemão já tem UPPs funcionando desde o final de março nas favelas Nova Brasília e Fazendinha.
Cerca de 300 homens devem fazer a segurança da nova UPP. No final de abril, 400 agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e de Choque fizeram uma operação para substituir parte do esquadrão do Exército que está no Complexo do Alemão desde sua invasão, em 28 de novembro de 2010. A Secretaria de Segurança Pública tem o compromisso de fazer toda a substituição até o final de junho, quando termina o convênio assinado com as Forças Armadas.
A ideia da secretaria é inaugurar mais cinco UPPs até o final de junho, quando 2,3 mil policiais que passaram por cursos de formação estarão prontos para entrar em serviço. Todos devem passar por estágio na favela da Rocinha, outra comunidade ocupada pela Polícia Militar, mas que ainda espera por uma unidade de polícia pacificadora. Os cursos, segundo a secretaria, chegam a levar oito meses e formam 150 policiais todos os meses.
Ocupação no Rio
O Complexo do Alemão foi ocupado por forças de segurança no dia 28 de novembro de 2010. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência, em ação conjunta das Forças Armadas e das polícias Militar, Civil e Federal. Três dias antes da operação, a polícia havia assumido o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambas as comunidades eram dominadas, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho.
As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques de criminosos nas ruas do Rio de Janeiro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados. Após as ocupações, foi criada a Força de Pacificação (FPaz), constituída pelo Exército e pelas polícias Civil e Militar.