Caso Marielle: carro usado por Lessa no crime já circulava por áreas de milícia há 2 anos, diz site
Cobalt teve a placa clonada pelo bombeiro Maxwell Simões Corrêa, mas foi emprestado pelo dono para que o crime fosse realizado
O carro usado no homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018, já circulava por áreas de milícias na zona oeste do Rio de Janeiro havia pelo menos dois anos. É o que aponta a delação de Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora. De acordo com o g1, o Cobalt prata tinha outra placa, antes do crime, mas foi adulterada para a empreitada.
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As investigações apontam que o veículo, supostamente legal, foi “herdado” por Otacílio Antônio Dias Júnior, conhecido como Hulkinho, mas pertencia a um miliciano identificado pela PF como Big Mac ou Hamburgão. Depois, o carro foi para o bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que trocou as placas. Ele também está preso por envolvimento no crime que vitimou a parlamentar.
Em depoimento à PF, Hulkinho afirmou que se lembra de Hamburgão dirigindo o Cobalt desde 2016, pela Gardênia Azul, que até então era de domínio de paramilitares. O carro foi entregue à ele em 2018, após Hamburgão ser morto a tiros.
Após ter a posse do veículo, ele o cedeu à Suel para que o crime contra Marielle fosse realizado. Então, o bombeiro clonou a placa e fixou no Cobalt prata, em Jacarepaguá. No entanto, ele nega.
Após a vereadora ser morta, o carro rodou por mais de 17 quilômetros com a arma usada dentro dele. Ainda conforme o site, depois o automóvel foi levado até o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, em Rocha Miranda. Em seguida, foi encaminhado a um desmanche na Comunidade da Pedreira, na Zona Norte, no dia 16 de março de 2018. O carro nunca foi encontrado pela Polícia.