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Caso Bruno

Defesa vai se encontrar com Bruno antes de fala; Dayanne está tranquila

6 mar 2013 - 00h53
(atualizado às 00h56)
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<p>Depoimento de Bruno é muito aguardado para esta quarta-feira</p>
Depoimento de Bruno é muito aguardado para esta quarta-feira
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação

Sem trabalhos para a parte da manhã, já que a juíza Marixa Fabiane determinou que o julgamento será retomado apenas às 13h, no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, os advogados de defesa de Bruno afirmaram que se encontrarão com o ex-atleta no presídio Nelson Hungria e vão conversar com ele. A expectativa está para uma possível confissão do crime.

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“Amanhã vamos cedo conversar com ele. Mas vamos falar com ele para manter sempre a humildade, a seriedade e a verdade. Ele vai dar um depoimento esclarecedor. Eu costumo dizer que agora ele será goleiro dele mesmo, terá que se defender, ele vai fazer sua defesa”, explicou Thiago Lenoir.

Bruno se emocionou bastante durante essa terça-feira, quando vídeos foram exibidos. O depoimento dele é muito aguardado; porém, a confissão não é certa.

Dayanne está tranquila

Após o depoimento que durou aproximadamente quatro horas, a ré Dayanne Souza deixou o plenário do Fórum de Contagem e conversou rapidamente com a imprensa. Apesar de ter sido “atacada” por cinegrafistas que prensaram a ex-mulher do goleiro contra uma grade, ela falou sobre o dia.

“O depoimento foi tranquilo. Amanhã vou falar mais. Falei somente a verdade”, disse.

A expectativa para esta quarta-feira é para o depoimento de Bruno Fernandes, que deve acontecer a partir de 13h, quando o julgamento será retomado. 

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

Conheça as acusações e penas máximas possíveis contra os réus

Réu Acusações Pena máxima
Bruno Homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio 41 anos
Dayanne Sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio 5 anos
 

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 

Fonte: Terra
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