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Padilha: Saúde não avaliza mensagem de campanha estrelada por prostitutas

Ação pelo Dia Internacional das Prostitutas, que desvincula profissão de DSTs, traz a frase 'Eu sou feliz sendo prostituta'

4 jun 2013 - 18h06
(atualizado às 18h08)
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<p>O material foi elaborado em uma oficina de comunicação em saúde em João Pessoa</p>
O material foi elaborado em uma oficina de comunicação em saúde em João Pessoa
Foto: Ministério da Saúde / Divulgação

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira que a pasta não avaliza a peça da campanha contra a associação entre prostituição e infecção pelo HIV/aids que traz a frase 'Eu sou feliz sendo prostituta'. A campanha foi lançada no último fim de semana nas redes sociais pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério. Segundo Padilha, a mensagem principal das campanhas da pasta destinadas a esse público tem foco na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.

Padilha enfatizou que, enquanto for ministro da Saúde, essa mensagem não fará parte da campanha do ministério. "Teremos mensagens restritas a orientações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis", informou. Ele disse que respeita as entidades que queiram passar tal mensagem, mas destacou que este papel é dos movimentos e das entidades. "O papel do ministério é ter conteúdos específicos para estimular a prevenção entre os profissionais do sexo, que são um grupo bastante vulnerável."

De acordo com Padilha, o Ministério da Saúde recebe sugestões de profissionais do sexo e de entidades para elaborar campanhas que atinjam o público desejado, e esse material passa por uma avaliação. As peças da campanha em questão, no entanto, ainda não foram avaliadas pelo ministério, disse ele. "Só será autorizada a assinatura do ministério em mensagens restritas a orientações sobre prevenção das doenças sexualmente transmissíveis para os profissionais do sexo", explicou.

A campanha, cujo tema é 'Sem vergonha de usar camisinha', é uma homenagem ao Dia Internacional das Prostitutas, que foi lembrado domingo. Os banners e vídeos foram produzidos em uma oficina para profissionais do sexo ocorrida em março, em João Pessoa. Participaram do evento representantes de organizações não governamentais, associações e movimentos sociais que atuam com esse grupo de profissionais.

As peças publicitárias estão disponíveis no site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais e tem também frases como 'O maior sonho é que a sociedade nos veja como cidadãs' e 'Eu não posso ficar sem a camisinha, meu amor'.

Agência Brasil Agência Brasil
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