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Marun reafirma intenção de votar Previdência mês que vem e nega Plano B

23 jan 2018 - 19h29
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O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta terça-feira que não existe um plano B no governo para se adiar a votação da reforma da Previdência para depois das eleições e fez questão de destacar que o objetivo é apreciar a matéria no próximo mês.

Carlos Marun antes de reunião no Palácio do Planalto
21/02/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Carlos Marun antes de reunião no Palácio do Planalto 21/02/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Nesse caso, não existe plano B, só existe plano A de aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados no mês de fevereiro", disse Marun, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O ministro rebateu informações de que o governo poderia desistir de votar a reforma no próximo mês e deixaria a apreciação da matéria para novembro. Segundo ele, é "impossível" se votar a reforma após as eleições de outubro.

Marun contemporizou um comentário atribuído ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Davos de que a votação poderia ficar para depois. Ele disse que Meirelles não participou das últimas conversas no núcleo do governo sobre o assunto.

"O ministro Meirelles não participou das últimas conversas aqui e se deslocou para Davos. Talvez por isso tenha em algum momento colocado a sua opinião, o seu pensamento, mas neste caso esse pensamento não condiz", afirmou, ao destacar que a fala dele não "atrapalha".

Segundo Marun, o governo tem a convicção que vai colocar a proposta em votação no dia 19 de fevereiro para ganhar. "A partir de ontem, temos 268 bilhões de novos motivos para colocarmos em votação esta reforma", disse, numa referência indireta ao valor anunciado pelo governo na segunda do déficit da Previdência no ano passado.

Questionado se ficou um ruído com os partidos da base por causa do afastamento de vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, realizado na semana passada, Marun disse que há uma compreensão das legendas em relação ao que está sendo feito.

"Fica esse gostinho amargo de que, no momento em que a Caixa tem o melhor resultado, se demoniza, são demonizados", disse, para quem as críticas que ocorrem são porque as indicações para esses cargos foram políticas.

"Fui acusado de conversar com vice, mas é claro que eu conversei", destacou. "É como um time ganhar o campeonato mundial e no outro dia demitir o técnico, goleiro, centroavante e o zagueiro", completou.

CRISTIANE BRASIL

Marun disse que o governo tem a "mais absoluta certeza" que em breve conseguirá nomear a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, barrou liminarmente a posse de Cristiane Brasil na segunda.

"Nós temos a mais absoluta certeza de que em breve tempo reconhecerão a independência entre os Poderes, fortalecerão a harmonia entre os Poderes e garantirão uma prerrogativa privativa do presidente e em conformidade com isso vão garantir a posse da ministra", disse.

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