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Lava Jato investiga grupo italiana por propinas à Petrobras

Techint é suspeita de envolvimento em corrupção na Petrobras

23 out 2019 - 10h03
(atualizado às 11h36)
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Sede da Polícia Federal em São Paulo (SP)
Sede da Polícia Federal em São Paulo (SP)
Foto: RICARDO BOTELHO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO / Ansa

A empresa ítalo-argentina Techint é um dos alvos da 67ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) pela Polícia Federal e que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A PF cumpre 23 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, e a Justiça Federal bloqueou R$ 1,7 bilhão dos investigados. A suspeita é de que a Techint tenha pagado R$ 60 milhões em propinas para dirigentes da Petrobras.

Entre os investigados estão ex-funcionários da estatal, intermediários do grupo ítalo-argentino e representantes de duas consultorias. A ANSA entrou em contato com a Techint e aguarda um posicionamento.

A nova fase da Lava Jato foi batizada como "Tango & Cash", nome que, de acordo com a PF, "remete aos valores de pagamento das propinas e ao fato de que a empresa envolvida na investigação pertence a um grupo ítalo-argentino".

"A fim de dar aparência de licitude ao pagamento de propinas, o grupo empresarial investigado repassava valores via empresas offshore a ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras, mediante a celebração de contratos fraudulentos de assessoria/consultoria", afirma a Polícia Federal.

A Techint também é acusada de integrar o cartel envolvido em esquemas de corrupção na Petrobras. A empresa foi fundada em Milão, em 1945, e atua nos setores de siderurgia, mineração, engenharia e construção. Sua trajetória sempre foi intimamente ligada à América Latina, especialmente à Argentina, onde a companhia também tem sede.

Ansa - Brasil   
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