Indígena Karajá que estampou cédula de 1 mil cruzeiros morre no Tocantins
Anciã morreu no dia 11 de agosto em Santa Isabel do Morro, no sudoeste do Tocantins
A indígena Djidjuke Karajá, da aldeia Hãwalo, localizada em Santa Isabel do Morro (Tocantins), morreu aos 100 anos. Ela marcou a história do Brasil ao ser uma das indígenas a estampar a primeira cédula do País em homenagem aos povos originários. A morte ocorreu em 11 de agosto, mas só veio a público nesta terça-feira, 19. A causa não foi divulgada.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Djiduke estampou o verso da cédula de Cr$ 1.000, que esteve em circulação de 31 de maio de 1990 a 15 de setembro de 1994. Ela aparece ao lado de Koixaru Karajá.
Em nota de pesar, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) lamentou a morte da anciã e reforçou que ela "tornou-se um símbolo de orgulho para seu povo e deixa como legado sua forte liderança no cuidado com o povo Karajá, atuando principalmente como guardiã dos saberes da medicina tradicional".
O Distrito Sanitário Especial Indígena do Araguaia também comunicou a morte da anciã em suas redes sociais.
"Ela foi uma mulher que deixou um valioso legado de sabedoria ancestral por meio da medicina tradicional, ajudando inúmeras pessoas da comunidade com seus conhecimentos e cuidados", escreveu o DSEI em sua página no Instagram.