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Exportações brasileiras de carne e açúcar caem em junho

3 jul 2018 - 18h34
(atualizado às 18h46)
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As exportações brasileiras de carnes e açúcar bruto em junho tiveram uma queda acentuada ante o ano passado, enquanto os embarques de soja e café verde aumentaram, mostraram dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços nesta terça-feira.

Funcionário carrega pedaço de carne em açougue em São Paulo
27/06/2017
REUTERS/Nacho Doce
Funcionário carrega pedaço de carne em açougue em São Paulo 27/06/2017 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

A exportações de açúcar caíram em quase 1 milhão de toneladas ante junho de 2017, com usinas segurando as vendas enquanto os preços da commodity estão nos menores níveis em anos. As usinas também estão impulsionando a produção de etanol, para tirar vantagem da diferença de preços favorável frente à gasolina no mercado doméstico.

Algumas exportações de commodities foram prejudicadas em junho por problemas de transporte, depois dos 11 dias de protestos de caminhoneiros que começaram no fim de maio e obstruíram importantes rodovias pelo país.

As exportações de carnes estão entre as mais atingidas, com os volumes diminuindo cerca de 40 por cento ante um ano atrás. Além da greve dos caminhoneiros, o setor sofreu com as proibições de importação sobre a carne de frango brasileira por importantes parceiros comerciais, como a União Europeia.

"Nós ainda tivemos o impacto dos protestos nos primeiros dias de junho", disse o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto.

Ele afirmou que os envios de carne foram particularmente atingidos. Dados do governo mostram que as exportações de frango caíram 17 por cento na primeira metade deste ano em comparação com o mesmo período em 2017.

Ainda assim, cooperativas e comerciantes de commodities conseguiram manter em alta os embarques de soja, mesmo após a máxima histórica de 12,35 milhões de toneladas de maio. As exportações de junho, de 10,42 milhões de toneladas, representam uma alta de 13 por cento ante o mesmo mês em 2017.

Os envios de milho, entretanto, tiveram forte retração, para cerca de 140 mil toneladas, ante mais de 500 mil toneladas embarcadas há um ano. O plantio da maior safra de milho brasileira, a chamada segunda safra, ou milho de inverno, foi atrasado neste ano pelo tempo adverso, o que provavelmente adiou o movimento de exportação do milho.

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