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Dilma e políticos lamentam morte de Márcio Thomaz Bastos

20 nov 2014 - 09h15
(atualizado às 14h45)
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<p>A presidente Dilma Rousseff</p>
A presidente Dilma Rousseff
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Diversos amigos, políticos e colegas de profissão divulgaram, na manhã desta quinta-feira, notas de pesar sobre a morte de Márcio Thomaz Bastos. Entre eles está Dilma Rousseff (PT), que enviou comunicado à imprensa ressaltando que ele foi um "grande homem, renomado advogado e grande amigo". 

"Rendemos hoje as nossas homenagens a um grande brasileiro. O País perdeu um grande homem, o Direito brasileiro perdeu um renomado advogado e eu perdi um grande amigo. Márcio Thomas Bastos era um defensor intransigente do direito de defesa e considerava o exercício da advocacia um pilar da sociedade livre. Como ministro da Justiça, foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento. Quem teve o privilégio de conviver com ele, como eu tive, conheceu também um amigo espirituoso, de caráter e lealdade ímpares", disse a presidente. 

Também por meio de nota, Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia declararam que o Brasil "perde não apenas um de seus melhores advogados criminalistas, mas um dos homens que mais lutou pela democracia e pelo estado de direito em nosso país". De acordo com o casal, Bastos foi um "corajoso defensor da lei e um advogado apaixonado pela ideia de um Brasil melhor". 

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) destacou o "legado de competência, coragem e exemplo de lealdade" que o ex-ministro deixa. "Marcio Thomaz Bastos deixa um legado de competência, coragem e exemplo de lealdade ao amigos. Um homem de ideias progressistas, serenidade e bom senso. Como ministro da Justiça e presidente da OAB mostrou espírito público. Meus sentimentos à Leonor. Marcio fará falta a todos nós", disse a senadora. 

O presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) alegou que "a advocacia brasileira perde um de seus maiores expoentes" e que o trabalho de Bastos "permanece como bússola indispensável para todos". 

Morre Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro do governo Lula:

"Desde sua participação no Movimentos Diretas Já, como presidente da OAB de São Paulo, passando por sua atuação no Ministério da Justiça entre 2003 e 2007, até sua ações em movimentos pelo voto consciente dos eleitores, pela transparência no financiamento das campanhas e pelo direito amplo de defesa e acesso à Justiça de todos os cidadãos, Márcio Thomaz Bastos se tornou um símbolo da advocacia cidadã", completou. 

Guido Mantega, ministro da Fazenda, reforçou que Márcio teve "reconhecida contribuição no processo de redemocratização do País" e "atuação destacada na modernização do sistema judiciário brasileiro".  

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por sua vez, anunciou luto oficial de 7 dias e disse que o ex-ministro "será sempre inspiração para a defesa do estado de direito, dos valores constitucionais e dos fundamentos de uma sociedade civilizada”.

“Um brasileiro exemplar, um advogado correto, um jurista de escol, um homem de família, um amigo e conselheiro. O luto institucional se soma a tristeza pessoal pela irreparável perda deste inigualável presidente de sempre do Conselho Federal da OAB”, afirmou através do presidente nacional da instituição, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. 

Para o senador Vital do Rego Filho (PMDB- PB), a perda é “irreparável” e o momento é de “prestar solidariedade” à família. Augusto de Arruda Botelho, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), grupo de que Bastos era sócio-fundador, citou ainda seu “engrandecimento” ao Estado Democrático de Direito e sua “contribuição para o aprimoramento de uma sociedade mais justa”. 

Outros usaram as redes sociais para se manifestar. No Twitter, "Márcio Thomaz Bastos" chegou a alcançar os Trending Topics (tópicos mais comentados) durante a manhã.

O deputado Felipe Maia (DEM-RN) escreveu que o falecimento representa uma "grande perda para o meio jurídico". O ex-deputado Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que "a Democracia e os Direitos Humanos ficam mais pobres em nosso País". O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) relembrou que Bastos cunhou a frase a "PF é Republicana" e que a Satiagraha (operação comandada por ele em 2008, quando atuava como delegado da Polícia Federal, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas) foi iniciada quando ele era ministro do governo Lula. 

Confira esses e outros tweets:

Márcio Thomaz Bastos

Aos 79 anos, Marcio morreu na manhã desta quinta-feira. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar. Natural de Cruzeiro, no interior paulista, e formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também atuou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como presidente da seccional de São Paulo entre 1983 e 1985 e presidente do Conselho Federal de 1987 a 1989. 

Fonte: Terra
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