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Universidade demite promotor que desejou morte de manifestantes em SP

13 jun 2013 - 12h28
(atualizado às 12h38)
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Zagallo poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição que ele está sujeito a sofrer
Zagallo poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição que ele está sujeito a sofrer
Foto: Facebook / Reprodução

O promotor de Justiça Rogério Zagallo, da 5ª Vara do Júri do Estado de São Paulo, foi demitido da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde dava aulas. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição de ensino, o desligamento não tem relação com os comentários feitos pelo promotor no Facebook contra os manifestantes que participavam do protesto pela redução da tarifa do transporte urbano na noite da última sexta-feira. "A saída do professor Rogério Zagallo já estava acertada antes desse episódio em função de ajustes no curso que ele ministrava aulas. É uma infeliz coincidência e não há relação com o fato mencionado", explicou a assessoria. 

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O processo de readequação de professores e aulas é considerado rotineiro pela instituição. Na rede social, o promotor publicou que arquivaria o processo caso a Tropa de Choque da Polícia Militar matasse os integrantes do protesto. Zagallo excluiu o post do Facebook mais tarde. A Corregedoria do Ministério Público (MP) de São Paulo abriu um processo para investigar a conduta. 

Ele poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição. "A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou, nesta segunda-feira (10), Reclamação Disciplinar para apuração dos fatos atribuídos ao Promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo, relativos a comentários nas redes sociais", afirmou o MP, em nota. Zagallo usou palavrões para se referir aos manifestantes e defendeu "borrachada nas costas" para resolver o problema.

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"Estou há 2 horas tentando voltar para casa, mas tem um bando de bugios revoltados parando a avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros. (...) Que saudades da época em que esse tipo de coisa era resolvida com borrachada nas costas dos medras...", disparou o promotor. "Por favor, alguém poderia a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses filhos da puta eu arquivarei o inquérito policial", completou.

Após a polêmica, Zagallo voltou atrás e afirmou em seu perfil no Facebook que o protesto é válido. "Entendo como lícita e válida toda forma de protesto, debate e discussão sobre temas que estão na pauta da administração...o Movimento Passe Livre exercitou seu legítimo direito", disse ele. Zagallo foi o promotor do caso Gil Rugai, condenado neste ano a 33 anos e 9 meses de reclusão por matar seu pai Luiz Rugai e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, em 28 de março de 2004.

Fonte: Terra
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