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Uma em cada 6 linhas de ônibus de São Paulo está superlotada

Dados apontam que 161 de 926 linhas do sistema levam mais de seis passageiros por metro quadrado, segundo a Folha de S.Paulo

2 jan 2015 - 09h49
(atualizado às 10h37)
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<p>Ônibus estacionados no terminal Dom Pedro, no centro da capital paulista</p>
Ônibus estacionados no terminal Dom Pedro, no centro da capital paulista
Foto: Alan Morici / Terra

Uma em cada seis linhas de ônibus de São Paulo tem lotação acima do limite de conforto aceitável. Dados da prefeitura e da SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) apontam que 161 de 926 linhas básicas do sistema levam mais de seis passageiros por metro quadrado - parâmetro internacional para o limite de conforto no transporte público. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Em alguns sistemas, como no de Londres, índices maiores do que quatro pessoas por metro quadrado já são classificados como excessivos.

Para o cálculo, a Prefeitura de São Paulo considera a quantidade de passageiros transportados e o fator de renovação de cada linha – ou seja, o sobe e desce ao longo do trajeto, obtido por meio de pesquisas. A conta resulta em uma estimativa de quantos usuários viajam em pé dentro dos ônibus nos horários de pico. O índice, chamado de "performance operacional" pela SPTrans, é usado para ajustar a quantidade de veículos e partidas para cada linha.

As 926 linhas compõem a base do sistema municipal. No total, incluindo derivações, existem 1.286 linhas. A pior situação está no sistema local –as antigas lotações, operadas por cooperativas de proprietários independentes, os "perueiros". Das 161 linhas superlotadas, 76% são de perueiros.

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirma que a lotação do transporte público ocorre, em parte, devido à má distribuição de emprego e moradia em São Paulo, que exige grandes deslocamentos rumo ao centro.

"No horário de pico, no mundo inteiro, há um problema de excesso de lotação. Esse é um problema de organização das cidades, e São Paulo não é diferente. Resolver esse problema é de longo prazo, e o Plano Diretor aponta um pouco para isso, para que as pessoas possam trabalhar perto de suas residências”, disse Tatto.

Fonte: Terra
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