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Última obra de Ruy Ohtake, complexo cultural é aberto na Grande SP; conheça o espaço e a programação

Ideia é que centro de 23 mil m² em Barueri seja uma das maiores referências artísticas do Estado; expectativa é atrair 300 mil visitantes por ano

27 out 2022 - 11h12
(atualizado às 12h11)
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"É sempre essencial provocar surpresa". A frase dita por Ruy Ohtake na última entrevista que concedeu ao Estadão, em 2019, resume o que propôs em décadas de carreira e trabalhos cheios de cores e curvas que se tornaram referências na paisagem de São Paulo. Quase um ano após a morte do arquiteto, então com 83 anos, o último projeto que assinou - e foi entregue - acaba de ser inaugurado em Barueri, na região metropolitana da capital paulista: o complexo cultural Praça das Artes.

Segundo Rodrigo Ohtake, de 37 anos, filho do arquiteto, o espaço é possivelmente o último projeto de grande porte e público de Ohtake. Outros foram elaborados posteriormente, mas ainda não realizados. "Talvez seja o último que ele tenha feito do começo ao fim. Não viu a finalização, mas viu toda a parte espacial sendo construída", destaca. "Não tenho dúvida que (a Praça das Artes) já virou um marco."

A proposta é consolidar o espaço como uma das maiores referências artísticas do Estado, pela programação, a arquitetura e os cursos livres e formativos, voltados a 9,8 mil pessoas. São cerca de 23 mil m², divididos em salas com diferentes portes e propostas, teatro de 952 lugares, auditório, coworking, estacionamento, sede da Secretaria de Cultura e Turismo, palco aberto e áreas de convivência, dentre outros.

A expectativa é de atrair 300 mil visitantes por ano. O custo foi de R$ 110 milhões, de recursos municipais. Para o secretário municipal de Cultura e Turismo, Jean Gaspar, o complexo já nasceu como um marco arquitetônico, de autoria do mesmo autor de projetos icônicos de São Paulo, como o Hotel Unique, o Parque Ecológico do Tietê, o Instituto Tome Ohtake e o Conjunto Residencial Heliópolis, os Redondinhos.

"É um prédio que também é uma obra de arte", descreve Gaspar. "Um cartão-postal, um ponto turístico na cidade que também coloca Barueri na rota cultural do Estado."

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  • Estadão
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