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'Tenho certeza que ela está viva', diz filho de idosa que sumiu em SP

11 dez 2012 - 13h02
(atualizado às 13h10)
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A cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, está mobilizada pela procura de Beatriz Joanna Von Hohendorff Winck, uma idosa de 77 anos que desapareceu no dia 21 de outubro durante uma visita ao Santuário Nacional. A senhora é de Portão, no Rio Grande do Sul, e o filho dela, João Carlos Winck, abandonou o trabalho e segue na cidade em busca da mãe. "Viva ela está, isso eu tenho certeza", acredita.

Beatriz Joanna Von Hohendorff Winck, 77 anos, desapareceu em outubro no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo
Beatriz Joanna Von Hohendorff Winck, 77 anos, desapareceu em outubro no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo
Foto: Facebook / Reprodução

Cartazes com a foto de Beatriz foram colados em Aparecida e municípios vizinhos, como Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena e até no sul de Minas Gerais. Panfletos foram deixados em albergues, asilos, hotéis e hospitais, conta o sogro da idosa, Paulo Vargas, que também viajou a São Paulo. A família procurou pela idosa, não só em igrejas católicas, mas em outras como a Universal e a Quadrangular. No dia do desaparecimento de Beatriz, mais de 164 mil pessoas passaram pelo Santuário, segundo a assessoria do tempo.

Rádios das cidades da região do Vale do Paraíba e grupos de escoteiros integram uma rede de assistência que tenta encontrar a idosa. "Ela deve estar sem memória na casa de alguém que tenha problemas, porque como pode não saber (que ela é procurada) com tanta divulgação", crê João Carlos. "Se ela estivesse morrido, já teríamos a notícia. Viva ela está, isso eu tenho certeza, e também imagino que ela esteja pela volta."

A família da idosa afirma que ela não possui histórico de Mal de Alzheimer, mas confirma que ela já apresentou lapsos momentâneos de memória. Segundo João Carlos, Beatriz sumiu sem deixar rastro. "Meus pais estavam em uma loja de velas, e minha mãe estava aguardando na porta da casa de velas enquanto ele efetuava o pagamento. Quando ele retornou para encontrá-la, ela já havia desaparecido.".

O filho da dona Beatriz tem a convicção de que a mãe está viva também porque a família procurou informações sobre falecimento de indigentes nas cidades próximas, por mortes por crime violento, e nada encontrou. O genro Paulo Vargas conta que já abordaram cerca de 250 ônibus de excursões com romeiros que seguem semanalmente para conhecer o gigantesco santuário.

João Carlos diz que as informações que chegam são desencontradas, que pela polícia e o tempo religioso, Beatriz tomou um ônibus e partiu. "Para fazer uma viagem interestadual, tem que ter dinheiro e documentação, não teria como, pela idade dela, pegar um ônibus e ir pra longe". Além disso,  explica, a idosa é cardíaca, o que dificultaria a viagem pela falta de remédios.

Abalado, marido voltou para o RS

Depois de muita insistência, o companheiro de Beatriz, Delmar Winck, 82 anos, resolveu voltar para a cidade de Portão. O genro, Paulo Vargas, conta que o idoso estava esgotado e abalado. "Ele foi ao médico, que pediu descanso e evitar visita para se acalmar. Ele me falou que essa situação de desaparecimento é pior que a morte, porque a gente não sabe como que ela está", disse Vargas.

Qualquer informação sobre dona Beatriz deve ser encaminhada para os números  (51) 9145-5391, (12) 31051051, ou também pelo 190, da Polícia Militar.

Fonte: Terra
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