Táxis são autorizados a usar películas antivandalismo na cidade de SP; veja regras
Departamento de Transportes Públicos justificou que medida é necessária para 'proporcionar melhores condições de segurança' a motoristas e passageiros
A Prefeitura de São Paulo autorizou os taxistas da capital paulista a usarem películas antivandalismo nos vidros. A medida atende a uma reinvindicação antiga da categoria e foi publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo na segunda-feira, 13.
O documento, assinado pelo diretor do Departamento de Transportes Públicos, Leandro Gabrelon, aponta que a decisão foi tomada com base na "necessidade de proporcionar melhores condições de segurança aos motoristas e usuário dos serviços de táxi do município de São Paulo". Esses dispositivos aumentam a resistência a impactos, dificultam a quebra e evitam a dispersão de estilhaços.
Veja as regras:
As películas precisam atender aos limites especificados na Resolução Contran Nº 960, de 2022. Esse ato normativo define, por exemplo, que a transmitância luminosa das áreas envidraçadas não pode ser inferior a 70% para os vidros dos para-brisas e das demais áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo.
Os dispositivos também não podem ser refletivos ou espelhados. Veículos com películas fora do padrão estarão sujeitos a sanções.
Para usar as faixas e corredores exclusivos de ônibus, os taxistas terão que optar por películas transparentes. O uso dessas vias por táxis é permitido apenas quando os veículos estiverem transportando passageiros e as películas escuras dificultam a identificação do cumprimento dessa regra pelos agentes de fiscalização.
Os taxistas também terão que manter a nota fiscal e o certificado de conformidade do material instalado, para comprovar a regularidade durante as vistorias periódicas.
A tática de quebrar vidros de carros para roubar celulares é comum entre os criminosos da capital paulista. Em julho deste ano, o procurador de Justiça Antônio Calil Filho foi vítima deste crime.
O caso deu início a uma investigação que resultou na localização de um "QG do crime", localizado em um imóvel no bairro do Glicério, no centro de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, no local havia "vasta quantidade de aparelhos celulares, máquinas de cartão, roteadores, chips e documentos de procedência ilícita".
Os policiais realizaram uma operação para cumprir quatro mandados de prisão contra chefes da quadrilha e 27 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Ceará, na segunda-feira. A Polícia Civil do Estado não confirmou se todos as ordens foram cumpridas.