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SC: prefeito descarta aumentar tarifa e critica greve de rodoviários

10 jun 2013 - 11h15
(atualizado às 11h27)
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<p>Uma paralisa&ccedil;&atilde;o de motoristas e cobradores de &ocirc;nibus prejudicou o transporte p&uacute;blico em Florian&oacute;polis</p>
Uma paralisação de motoristas e cobradores de ônibus prejudicou o transporte público em Florianópolis
Foto: Marcelo Bittencourt / Futura Press

O prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior, rejeitou qualquer possibilidade de reajuste de tarifa e atacou a greve de deflagrada na manhã desta segunda-feira por motoristas e cobradores do transporte coletivo. Souza Júnior chamou o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb) de irresponsável e rejeitou qualquer possibilidade de aumento de tarifa ou de subsídio das empresas concessionárias.

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A prefeitura gasta R$ 0,28 por passageiro em forma de subsídio às empresas. Mensalmente, o auxílio representa R$ 1,3 milhão aos cofres do município. Uma das reivindicações dos empresários do setor é o aumento do benefício para solucionar o impasse e atender às exigências dos trabalhadores.

Ainda durante a campanha eleitoral em 2012, o então candidato foi enfático ao descartar qualquer possibilidade de aumentar esse repasse ou mesmo apoiar o aumento das passagens na cidade. "Para atender o que sindicato dos trabalhadores quer, a passagem teria que passar dos R$ 3,00. Não podemos aumentar a tarifa diante da má qualidade do serviço oferecido”, disse o prefeito.

"As empresas ofereceram inflação integral, melhoria de vale alimentação de R$ 420 para R$ 460. É uma proposta melhor do que eu apresentei para os servidores da prefeitura, por exemplo. Com a proposta rejeitada, teríamos o segundo melhor salário de motorista e cobrador no Brasil", afirmou. Os motoristas passariam a ganhar uma remuneração de R$ 2,2 mil e os cobradores, R$ 1,6 mil, por 6h20 diárias de trabalho. 

Na opinião de Souza Júnior, o movimento é "injusto e ilegal". "Disse aos representantes do Sintraturb que seria sensível e, por isso, não justifica eles estarem acima das instituições. Estão descumprindo e achando que estão acima da lei e do sistema democrático", disse.

O prefeito ressaltou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SC) que ordenou a manutenção da "frota mínima" funcionando no horário de pico na manhã desta segunda-feira. "Acompanho com muita preocupação a forma truculenta que estas ações estão sendo realizadas, e vou cobrar ações da Justiça. O sindicato está sendo irresponsável socialmente."

Souza Júnior também afirmou que não irá se "sentar à mesa" para discutir o assunto entre empresários e trabalhadores. "Quando a prefeitura senta, é para poder pagar a conta. E quem paga a conta é a população. Não vamos fazer isso", disse. "Não vou penalizar a população por uma demanda sindical irresponsável."

A polêmica sobre paralisação dos serviços de transporte urbano se arrasta há anos, sendo transformada inclusive em plataforma de campanha de candidatos à administração municipal. Em 2004, um ato de estudantes contra o reajuste terminou em confronto com a Polícia Militar. As imagens foram usadas pelo então candidato Dário Berger: na campanha pelo seu primeiro mandato, ele prometeu “abrir a caixa preta” do transporte coletivo.

Fonte: Especial para Terra
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