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Quem é o ex-padre de Araras condenado por abuso sexual e demitido pelo papa

Defesa de Pedro Leandro Ricardo diz que ex-religioso foi absolvido em processo igual e vai pedir revisão

28 ago 2025 - 17h41
(atualizado às 17h46)
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A Justiça determinou, nesta quinta-feira, 28, a prisão do ex-padre católico Pedro Leandro Ricardo, condenado por estupro de um coroinha, em Araras, interior de São Paulo. O mandado foi expedido pela 1.ª Vara Criminal da cidade. Ricardo foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por ter abusado sexualmente do adolescente, segundo a Justiça.

O advogado Paulo Henrique de Moraes Sarmento, que defende o ex-padre, diz que vai pedir revisão criminal do processo visando à anulação da condenação. Segundo ele, em outra acusação semelhante seu cliente foi absolvido. Também houve absolvição em outros dois processos.

O crime teria sido cometido entre 2005 e 2006, quando Ricardo estava à frente da Paróquia São Francisco de Assis, em Araras. Ele foi alvo de denúncias feitas por familiares dos adolescentes e jovens que atuavam como auxiliares dele na igreja. A condenação inicial foi de 21 anos, mas o tribunal acatou a tese de extinção de punibilidade em dois casos e a pena caiu para o patamar atual.

A determinação judicial foi emitida após a condenação transitar em julgado. Segundo as peças dos autos, os abusos teriam acontecido contra quatro adolescentes de Araras que atuavam como coroinhas na Paróquia São Francisco de Assis. As denúncias foram apresentadas pelo Ministério Público em 2019 e aceitas pela Vara Criminal de Araras em 2020.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, o então padre usava da sua condição e escolhia as vítimas com situações familiares desestruturadas.

Em março de 2022, o papa Francisco decidiu pela demissão do pároco do estado clerical. Na época, ele estava em Americana, mas já havia sido afastado das funções de reitor e pároco da Basílica Santo Antônio de Pádua desde janeiro de 2019.

O advogado do ex-padre diz que Ricardo foi acusado de quatro delitos, mas em dois ele foi absolvido e um terceiro prescreveu. "Esta condenação é por um caso exatamente igual a outro em que ele foi absolvido. Isso não foi levado em conta pelo tribunal, por isso estamos pedindo a revisão." Segundo ele, o padre vai se entregar à Justiça no momento oportuno.

Procurada, a Diocese de Limeira informou que já se manifestou oportunamente sobre o caso e que atualmente o ex-padre não faz parte do clero.

Estadão
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