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MP denuncia mais quatro pessoas por morte da PM Juliane

Em outubro, promotoria já havia denunciado três suspeitos de participar de sequestro, tortura e homicídio da policial militar

18 dez 2018 - 18h50
(atualizado às 18h58)
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O Ministério Público de São Paulo (MPE-SP) denunciou na segunda-feira, 17, mais quatro pessoas pelo assassinato da soldado da PM Juliane dos Santos Duarte, de 27 anos, que foi sequestrada, torturada e morta em Paraisópolis, na zona sul, em agosto. Antes, a promotoria já havia denunciado outras três pessoas.

A nova denúncia da promotoria é contra Luiz Henrique de Souza Santos, Ricardo Vieira Diniz, Felipe Carlos Santos de Macedo e Everton Guimarães Mayer, que teriam participado dos crimes. Eles seriam ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que controla o tráfico de drogas em Paraisópolis.

Corpo foi encontrado durante a madrugada na Rua das Goiabeiras, em Paraisópolis
Corpo foi encontrado durante a madrugada na Rua das Goiabeiras, em Paraisópolis
Foto: Reprodução Google Street View / Estadão Conteúdo

Em outubro, o MPE havia apontado a participação de outras três pessoas, entre elas Everaldo Severino da Silva Felix, o "Sem Fronteira", que ocuparia a função de "sintonia" do PCC na região. Segundo a promotoria, a PM Juliane teria sido morta por ordem da facção. Felipe Oliveira da Silva, o "Tirulipa", e Elaine Cristina Oliveira Figueiredo, a "Neguinha", também foram acusados.

Crime

No dia 1.º de agosto, Juliane foi até Paraisópolis para participar de um churrasco com amigas. À noite, foi buscar cerveja no Bar Litrão Novo, na Rua Melchior Giola, mas acabou ficando no local, onde foi identificada como policial militar.

Juliane foi executada em Paraisópolis
Juliane foi executada em Paraisópolis
Foto: Reprodução

Pouco tempo depois, quatro suspeitos apareceram no bar e teriam perguntado quem estava armado. Os criminosos teriam entrado em luta corporal com a PM Juliane, que foi atingida por dois tiros na região da virilha, disparado pela própria arma.

Ferida, Juliane teria sido levada para um cativeiro e mantida viva por pelo menos três dias. Segundo as investigações, a policial também teria sido obrigada a ingerir álcool e cocaína no cativeiro, antes de ser executada com um disparo na cabeça.

Exame necroscópico detectou marca de "tatuagem" no ferimento - característica de tiro encostado. O corpo da PM foi encontrado no porta-malas de um Honda Civic em Campo Grande, também na zona sul, no dia 6 de agosto.

Estadão
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