Ladrão que baleou homem em Pinheiros assaltou 5 vítimas em sequência
Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirma ter reforçado o policiamento na região; Prefeitura informou que a Guarda Civil Metropolitana realiza patrulhamento preventivo 24 horas por dia em todas as regiões da capital
O ladrão que atirou em um homem em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na terça-feira, 7, abordou cinco vítimas em sequência naquela noite. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirma ter reforçado o policiamento na região (leia mais abaixo).
Câmeras de segurança flagraram o ladrão em uma motocicleta estacionando na altura do número 500 da Rua Joaquim Antunes, às 20h40. Ainda com o capacete e armado, ele primeiro aborda três jovens, que lhe entregam o celular e vão embora. O motociclista, então, volta para a moto e aguarda. Quando outros dois homens se aproximam, ele também tenta assaltá-los.
Uma das vítimas, o DJ Ruan Antonio Martins, contou ao Estadão que tentou entregar a mochila no lugar do celular. Mas o ladrão pegou o telefone de seu bolso. O DJ tentou, então, recuperá-lo. Ele e o assaltante se empurram na disputa pelo smartphone. Em seguida, o criminoso atira primeiro para o alto e depois na panturrilha da vítima, que foge com o celular.
8 assaltos à mão armada na mesma rua em 3 meses
O 14.° Distrito Policial investiga o caso e tenta identificar o suspeito. Como mostrou o Estadão, câmeras de segurança registraram ao menos oito assaltos à mão armada entre agosto e outubro deste ano na Rua Joaquim Antunes. Em janeiro, um homem já havia sido vítima de latrocínio no endereço.
A SSP-SP afirmou, em nota, que os roubos caíram 6% na 3.ª Delegacia Seccional, que monitora os crimes na área, entre janeiro e agosto deste ano em comparação com o mesmo período de 2024.
Em agosto, ao menos três roubos foram registrados, incluindo o de um casal com um bebê no colo. Em setembro, mais três casos. Na sexta-feira passada, 3, outro assalto de celular. Todos os roubos foram realizados por motociclistas.
"Não quero ser a próxima vítima"
No último dia 20 de agosto, moradores fizeram um ato pedindo o reforço do policiamento na rua. Vestidos de branco, eles carregavam cartazes com frases como "Rua Joaquim Antunes não suporta mais tantos assaltos", "Não quero ser a próxima vítima" e "Perigo: você está em Pinheiros".
A aposentada Maria Doval mora em Pinheiros há mais de duas décadas, e na rua Joaquim Antunes há 12 anos. "A gente paga tudo que tem que pagar, e não tem segurança", desabafa.
Ana Carolina Machado mora na Joaquim Antunes há três anos e diz que "existe uma rua antes e uma rua depois" da onda de assaltos. "Me sinto em completa insegurança e com medo constante. Não é nada parecido com como eu me sentia morando aqui antes."
