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'La Casa de Papel': bandidos fizeram videochamada durante arrastão na Barra Funda

Ao menos quatro criminosos participaram diretamente da ação, que teve como principal alvo uma construtora; prejuízo estimado supera os R$ 2 milhões

8 out 2025 - 15h47
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A gangue responsável por um arrastão na manhã desta terça-feira, 7, em um prédio comercial na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, chegou a fazer uma videochamada enquanto mantinha 17 pessoas reféns em uma empresa.

Do outro lado da linha, estava alguém a quem os criminosos se referiam como "professor", em alusão à série espanhola La Casa de Papel, da Netflix. As informações constam no boletim de ocorrência do caso, obtido pelo Estadão.

O registro não especifica quais tipos de interação o grupo teve durante a ligação. Na série, o personagem interpretado pelo ator Álvaro Morte era responsável por coordenar assaltos de grande envergadura. Ninguém foi preso até o momento.

O prejuízo estimado supera os R$ 2 milhões. Ao menos quatro criminosos participaram diretamente da ação, que teve como principal alvo uma construtora. Há a suspeita de que havia ainda um motorista esperando por eles. A ocorrência foi registrada como extorsão pelo 23º Distrito Policial (Perdizes).

Prejuízo estimado supera os R$ 2 milhões; ao todo, 17 pessoas foram mantidas reféns.
Prejuízo estimado supera os R$ 2 milhões; ao todo, 17 pessoas foram mantidas reféns.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Os homens chegaram no começo da manhã no prédio, localizado na altura do número 230 da Avenida Marquês de São Vicente, e deixaram o carro no estacionamento no 2º andar do edifício. Eles estavam em um Renault Sandero branco.

Imagens de câmeras de segurança apontam que o veículo adentrou o edifício às 7h14 e saiu às 9h44. A Polícia Militar foi acionada minutos depois, mas já não encontrou nada no prédio, mesmo com uma varredura generalizada.

O boletim de ocorrência aponta que quatro criminosos subiram de escada até a sede da construtora, que fica no 21º andar. Há a suspeita de que um quarto integrante, que seria o motorista, tenha ficado esperando nas dependências do prédio.

Bandidos diziam ser policiais civis

Segundo as vítimas, os bandidos que chegaram à construtora intitularam-se como "policiais civis" e portavam uma folha contendo fotografias de funcionários e sócios da empresa que foi alvo. Tinham ainda uma lista com as contas, possivelmente de laranjas, para onde seriam destinadas as transações.

Todos os quatro criminosos que participaram da abordagem portavam armas de fogo e tinham ainda supostos distintivos no pescoço, descreve o documento. "Alguns usavam máscaras, um deles trajava terno e peruca", diz o BO.

Alianças e brincos também foram levados

Os criminosos miravam principalmente uma sócia da construtora e uma integrante da área financeira da empresa, que seria responsável por realizar a maior parte das transferências. Os prejuízos superaram R$ 2 milhões.

De acordo com o BO, ainda foram "subtraídos violentamente", objetos de valores variados, como alianças e brincos das vítimas. Foi levada também uma pistola Glock, que pertencia a um dos sócios e estava em um cofre da empresa.

Vítimas foram trancadas em sala

Para evitar o acionamento da polícia, o grupo coagiu todos os 17 reféns a entregarem o celular - não ficou claro se os aparelhos foram levados ou deixados no local, até para evitar o rastreamento do paradeiro da quadrilha.

Durante o arrastão, as vítimas foram ameaçadas de morte e trancadas em uma das salas da construtora, com fita adesiva e pulsos amarrados com lacres plásticos. Uma delas teve os cabelos cortados, segundo o boletim de ocorrência.

O documento aponta que os reféns foram soltos quando um ex-funcionário foi até a recepção e quis subir na empresa. Como o interfone estava desligado, ele e uma recepcionista do prédio subiram até o escritório.

A Polícia Militar chegou por volta das 10h. Foi feita uma varredura em todos os andares do prédio, mas nada foi encontrado. A Polícia Civil agora analisa imagens de câmeras de segurança e escuta as vítimas para tentar identificar os possíveis autores e esclarecer o crime.

Estadão
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