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IPT fará laudo sobre auditório incendiado no Memorial da América Latina

2 dez 2013 - 19h58
(atualizado às 20h03)
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O Memorial da América Latina afirmou nesta segunda-feira, em nota, que irá contratar ainda esta semana o Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT) para analisar e identificar os efeitos causados pelo incêndio da última sexta-feira no auditório Simón Bolivar. O resultado dessa análise servirá de base para o laudo que apontará quais e que tipos de intervenções devem ser feitas no local.

A Defesa Civil afirmou que não liberará nenhuma parte do espaço até o início das obras emergenciais. "A obra só começa com o estudo feito e com autorização da subprefeitura local para essas obras", disse o coronel Jair Paca de Lima, da Defesa Civil, no domingo, após vistoria no local. 

Ontem, após a vistoria da Defesa Civil, foram retiradas do local sete obras de arte que não sofreram danos. Entre as sete obras retiradas - sendo três esculturas, três quadros e um painel de 12 módulos - o painel é o mais valioso, segundo a assessoria do Memorial. Ele estava guardado no camarim da plateia B, aguardando para ser recolocado no auditório após restauração. O painel é de Carlos Scliar e chama-se Homenagem ao Teatro. Cada um dos módulos mede 2 metros por 1,40 metro, feitos de tinta vinílica com aplicações de colagens e impressas em serigrafia.

"Colaboramos na retirada de algumas obras de arte e amanhã estaremos aqui na parte da manhã retirando mais materiais. Iremos permanecer 24 de plantão por aqui. A área está novamente e totalmente isolada", disse Paca de Lima. 

Incêndio
As chamas no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, começaram por volta das 15h de sexta-feira e, por volta das 20h10, o fogo foi controlado. A assessoria de imprensa do Memorial da América Latina informou que o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida. Segundo os bombeiros, 50% do auditório foi consumido.

Vinte e quatro membros da corporação e um brigadista tiveram que ser encaminhados para o Hospital das Clínicas por inalação de fumaça.

Segundo declaração do major do Corpo de Bombeiros Wagner Lechner neste sábado, cinco pessoas continuavam internadas no Hospital das Clínicas, sendo duas em estado grave, porém, estável.

No final da manhã de sábado, o Corpo de Bombeiros já havia finalizado o trabalho de rescaldo. Equipes continuavam no local apenas para ventilar o prédio, eliminando a fumaça que ainda restava na edificação

Em entrevista na sexta-feira, o major da Polícia Militar Mauro Lopes explicou que os bombeiros que ficaram feridos foram vitimados de um fenômeno chamado flashover. "Tivemos o flashover, que, por vezes dá para se prever, mas nesse caso não foi possível. Ele acontece quando você tem um ambiente pegando fogo, pouco oxigênio, calor e carga para se queimar, então a queima é lenta lá dentro. Quando você abre esse ambiente, há a entrada de mais oxigênio, então há o flashover", disse.

Confira o local do incêndio:

 Foto: Terra
Fonte: Terra
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