Bombeiros voltam ao Memorial da América Latina para reconhecimento

Quatro carros do Corpo de Bombeiros estiveram no Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na manhã deste domingo para fazer o reconhecimento do auditório Simon Bolívar, atingido por um incêndio na tarde da última sexta-feira. Durante os trabalhos para conter as chamas, 25 bombeiros acabaram feridos com sintomas de intoxicação pela fumaça e queimaduras. Quatro deles estão internados na UTI e um está em observação.

O diretor-presidente do Memorial da América Latina, João Batista de Andrade, também esteve no local nesta manhã para se reunir com os bombeiros, mas não falou com a imprensa. O tenente Alexandre Proença, do 2º Grupamento de Bombeiros, afirmou que não foi encontrado nenhum foco de incêndio na manhã deste domingo.

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“Apenas fizemos um reconhecimento do local do incêndio, um reconhecimento do ambiente para verificar os danos e saber como era o espaço interno. A avaliação quem faz é a polícia científica. Só viemos fazer o reconhecimento”, disse o tenente. Proença preferiu não comentar a informação de que os hidrantes do auditório não teriam funcionado no momento do incêndio. De acordo com a Defesa Civil, a vistoria do auditório está marcada para as 14h deste domingo.

As chamas começaram por volta das 15h e às 20h10 o fogo foi controlado. Segundo o Corpo de Bombeiros, 51 viaturas foram enviadas ao local, além de um helicóptero. No total, 109 homens atuaram diretamente no combate às chamas.

De acordo com a assessoria de imprensa do Memorial da América Latina, o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida. Segundo os bombeiros, 50% do auditório foi consumido.

O conjunto arquitetônico, projetado por Oscar Niemeyer em uma área de 84,5 mil metros quadrados, foi inaugurado em março de 1989. O complexo se dedica a manifestações artísticas e científicas ligadas à identidade latino-americana. O conceito e o projeto cultural foram desenvolvidos pelo antropólogo Darcy Ribeiro.