Greve por salários atrasados afeta mais de 20 de linhas de ônibus e gera transtornos no Rio
Trabalhadores das viações Real e Vila Isabel reclamam por falta de salários, FGTS e vale-alimentação; greve impacta pontos da cidade
Rodoviários das viações Real e Vila Isabel no Rio de Janeiro iniciaram greve devido a salários atrasados, falta de benefícios e condições precárias, afetando 24 linhas de ônibus em várias regiões da cidade.
Ao menos 1.300 funcionários das viações Real e Vila Isabel paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira, 22, no Rio de Janeiro. Eles são motoristas, mecânicos e funcionários administrativos das empresas de ônibus que operam na capital. A mobilização impacta a operação de 24 linhas de ônibus, que fazem trajetos entre os bairros da Zona Sul, Norte, Sudoeste e Central. As informações são da TV Globo.
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A greve é a segunda no período de três meses. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, o movimento acontece após uma série de problemas que já duram meses. Entre as reivindicações estão o pagamento de salários e vale-alimentação atrasados; demissões em massa sem pagamento da rescisão e férias não pagas desde outubro.
Os funcionários também cobram a falta de depósito do FGTS e recolhimento do INSS, a falta de repasse de pensões alimentícias e empréstimos consignados; cancelamento do plano odontológico sem aviso e condições precárias de trabalho, com ônibus sem manutenção e infestação de baratas.
Segundo o sindicato, a manifestação dos trabalhadores acontece em quatro pontos do Rio: Central do Brasil, Terminal Gentileza, um terreno na Avenida Brasil ao lado do Assaí e a garagem em Vila Isabel. Eles só irão voltar a trabalhar após todos receberem salários, férias, FGTS e ticket alimentação. A ideia é tentar um acordo, para evitar prejudicar a população.
A secretaria municipal de Transportes irá determinar o aumento imediato das linhas de ônibus por meio dos consórcios.
Em nota ao Terra, a prefeitura do Rio de Janeiro informou que o repasse de subsídios da Prefeitura aos consórcios está em dia. A paralisação é uma questão entre empregadores e funcionários das companhias de ônibus.
Como alternativa, os passageiros que utilizam as linhas das referidas empresas devem recorrer ao metrô. Para reduzir os impactos, a Prefeitura solicitou reforço na operação das linhas:
- 104 (Terminal Gentileza x São Conrado)
- 107 (Central x Urca)
- 109 (Santo Cristo x São Conrado)
- 161 (Terminal Gentileza x Ipanema)
- 169 (Terminal Gentileza x General Osório)
- 232 (Lins x Castelo)
- 409 (Saens Peña x Horto)
- 410 (Saens Peña x Gávea)
- 435 (Grajaú x Gávea)
- 473 (São Januário x Lido)
- 552 (Terminal Alvorada x Rio Sul)
- 583 (Cosme Velho x Leblon)
- 584 (Cosme Velho x Leblon)
- SP805 (Terminal Alvorada x Jardim Oceânico).
Além disso, a linha 109 (Santo Cristo - São Conrado) teve seu itinerário estendido até o Terminal Gentileza.
Seguem outras alternativas de deslocamento para os passageiros afetados pela paralisação de rodoviários:
- Linhas 163, 112 e 112SV: Passageiros do Terminal Intermodal Gentileza (TIG) podem utilizar as linhas 169, 161 e 109.
- Linha 222 (Vila Isabel x Gamboa): Atendimento coberto pela linha 232 (Lins de Vasconcelos x Castelo) entre Vila Isabel e Centro.
- Linhas 432, 433 e 439: Atendimento realizado pela linha 435 (Grajaú x Gávea)entre Vila Isabel e Maracanã.
- Linha 433 (Vila Isabel x Copacabana): Atendimento coberto pela linha 409 (Saens Peña x Horto) entre Afonso Pena e Botafogo.
- Linhas 309 (Central x Alvorada), 439 (Vila Isabel x Leblon), 432 (Vila Isabel x Gávea) e 433 (Vila Isabel x Siqueira Campos): Atendimento pelas linhas 552 (Alvorada x Rio Sul), 583 e 584 (Cosme Velho x Leblon) entre Praia de Botafogo e Gávea e Siqueira Campos/Leblon até Botafogo.