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Greve parcial afeta circulação de ônibus em São Paulo; mande seu relato pelo WhatsApp

Segundo a SPTrans, 18 linhas da empresa Sambaíba não circularam nesta manhã, enquanto Metrô e CPTM operaram normalmente. Rodízio municipal de veículos está suspenso nesta sexta-feira

6 set 2019 - 11h10
(atualizado às 12h08)
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SÃO PAULO - A greve parcial de motoristas e cobradores afetou na manhã desta sexta-feira, 6, a circulação de ônibus na capital paulista. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), 18 linhas da empresa Sambaíba, que opera na zona norte da cidade, não circularam. Além da zona norte, a região central também sentiu as consequências da paralisação. O trânsito ficou intenso na área da sede da Prefeitura, com filas de ônibus parados no Viaduto do Chá, na Rua Venceslau Brás, na Praça da Sé e na esquina da Avenida São João com a Rua Líbero Badaró.

Às 11h, a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) informou que a cidade registrou 90 km de lentidão. Segundo a CET, o índice de lentidão ficou um pouco acima da média (57 a 72 quilômetros) nesta faixa de horário.

Você está com problemas por causa da greve de ônibus? Envie seu relato para o Estado, por WhatsApp, pelo número: (11) 99147-5968.

Confira as linhas atingidas:

  • 148P/10 Pedra Branca - Metrô Barra Funda
  • 1741/10 Vl. Dionisia - Metrô Santana
  • 1742/10 Jd. Antártica - Metrô Santana
  • 1743/10 Jd. Pery Alto - Shop. D
  • 1758/10 Jd. Antártica - Metrô Santana
  • 1759/10 Jd. Pery - Metrô Santana
  • 148L/10 Cohab Antártica - Lapa
  • 211L/10 Mandaqui - Lapa
  • 1760/10 Cohab Antártica - Shop. Center Norte
  • 297A/10 Jd. Primavera - Metrô Barra Funda
  • 9166/10 Jd. Sta. Cruz - Term. Cachoeirinha
  • 967A/10 Imirim - Pinheiros
  • 971A/10 Jd. Primavera - Shop. D
  • 9701/10 Hosp. Cachoeirinha - Metrô Santana
  • 971D/10 Jd. Damasceno - Shop. Center Norte
  • 971M/10 Vl. Penteado - Metrô Santana
  • 971T/10 Vl. Sta. Maria - Metrô Santana
  • 971V/10 Jd. Vista Alegre - Shop. Center Norte

Na zona leste, o dia começou sem grandes filas no Terminal Itaquera. Para o taxista Uranísio Mendanha, que trabalha no local há 23 anos, a população estava mais preparada para a paralisação no transporte público.

"O problema é quando o pessoal é pego de surpresa como ontem (quinta-feira). Para a gente é bom, sempre aumentam as corridas no horário de pico, mas nada muito fora do normal."

Na Estação de Transferência Itaquera, também na zona leste, o movimento foi intenso, mas sem o registro de grandes filas. Passageiros habituais consideraram o movimento normal.

Mas isso não é exatamente uma coisa para se comemorar. "Esta é a demora de todos os dias. Às vezes ficamos uma hora esperando na fila", conta a operadora de caixa Valquiria Nogueira, 53 anos.

Ainda na zona leste, alguns passageiros relataram que apenas uma linha de ônibus que vai para o metrô Artur Alvim estava funcionando no início da manhã. Porém, o coletivo chegava lotado e muitos não conseguem entrar e permaneciam no ponto.

Por volta das 6h, a professora Renata Carollo, de 38 anos, e o seu filho Fabrício, de 7, aguardavam o ônibus em direção à Penha, na Avenida Águia de Haia, na altura do número 3.834. Eles chegaram mais cedo, porém ficaram no ponto por mais de meia hora. Além do frio, o transtorno.

"Aqui, tem vezes que até em dias normais demora muito para o ônibus passar. Tem funcionário que falta e há carros quebrados. Os próprios motoristas reclamam", afirmou Renata.

Por volta das 7 horas, os ônibus estavam circulando normalmente no Terminal Santo Amaro, na zona sul da capital. Entre 6 horas e 6h30, poucas filas se formaram, o que surpreendeu alguns passageiros.

"Até estranhei, pensei que estaria mais difícil, mas estou achando que tem poucas pessoas. Aqui é sempre lotado. Acho que as pessoas estão paradas em outro lugar ou não foram trabalhar", diz o analista de logística Angelo Querino, de 45 anos.

De acordo com a leitora Bianca Boregio, os ônibus em direção ao Terminal Capelinha, na zona sul, estavam funcionando normalmente. "Inclusive estavam vazios", afirmou ela.

No centro de SP, o terminal parque Dom Pedro foi fechado pelos sindicalistas, segundo a Prefeitura, por volta de 8h20. Ainda segundo a administração municipal, os outros 29 terminais funcionam normalmente. No viaduto do Chá, motoristas e cobradores fazem um ato.

Rodízio

A Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) informou que a cidade registrou às 11h 90 km de lentidão. Segundo a CET, o índice de lentidão ficou um pouco acima da média (57 a 72 quilômetros) nesta faixa de horário.

Também está suspensa a Zona Máxima de Restrição a Fretados e liberado uso gratuito das vagas de Zona Azul.

Já as faixas reversíveis seguem a operação normal nesta sexta, tanto no período da manhã, quanto no da tarde.

A Lime, empresa de aluguel de patinetes, informou que oferece três desbloqueios gratuitos para os usuários. Já o BikeSampa, sistema de bicicletas compartilhadas do Itaú, anunciou gratuidade para o plano diário de locação de bicicletas. Aplicativos de transporte particular também prometeram descontos aos usuários.

Metrô e CPTM

Apesar da greve de ônibus na capital paulista, os trens da Companhia do Metropolitano (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionam normalmente na manhã desta sexta-feira. As empresas anunciaram na tarde de quinta o aumento do efetivo para atender aos passageiros.

Negociação

Os integrantes do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano (Sindmotoristas) vão se reunir para definir se haverá novas mobilizações.

"Estamos cumprindo a decisão da Justiça, mas vamos nos reunir para ver os próximos passos. A Prefeitura não se posicionou até o momento e é impossível aceitar essa situação", afirma Valmir Santana da Paz, presidente do sindicato, que representa 55 mil profissionais.

A categoria é contra um suposto corte de 1.500 veículos da frota e de cobradores, além disso, cobra o pagamento da participação nos lucros e valores (PLR).

Nesta quinta-feira, 5, a Prefeitura conseguiu decisão favorável junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que 70% da frota funcione nos horários de pico (das 6 horas às 9 horas e das 16 horas às 19 horas) e 50% nos demais horários sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

/ ANA LUIZA LOURENÇO, ANA PAULA NIEDERAUER, FELIPE CORDEIRO, PALOMA COTES, PAULA FELIX, RENAN FERNANDES, RENATA OKUMURA, RENATO VASCONCELOS E TABA BENEDICTO

Estadão
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