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'Fui metralhada, mas não serei mais uma vítima', diz juíza esposa de policial civil morto no RJ

A juíza Tula de Mello estava em um outro carro quando o veículo do marido foi atacado e afirma ter sido salva por ele

5 abr 2025 - 10h02
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Resumo
A juíza Tula de Mello, viúva do policial João Pedro Marquini, morto em ataque na Zona Oeste do Rio, afirma lutar por justiça enquanto investigações avançam com revelações sobre o crime.
João Pedro Marquini e a esposa, Tula Correa de Mello
João Pedro Marquini e a esposa, Tula Correa de Mello
Foto: Reprodução/Instagram

"Fui metralhada, mas não serei mais uma vítima", diz a juíza Tula de Mello, viúva do policial civil João Pedro Marquini Santana, de 38 anos, que foi morto com cinco tiros na noite do último domingo, 30, na Serra da Grota Funda, na Zona Oeste do Rio. A mulher estava em um outro carro quando o veículo do marido foi atacado e afirma ter sido salva por ele.

"Estou aqui na condição de uma mulher que lutará pelo Rio. João me protegeu, mas não está mais comigo. Ele entregou a vida para que eles cessassem os disparos, o que me possibilitou fazer uma manobra de 180 graus, em curva rápida e marcha à ré, garantindo minha sobrevivência ao ataque", afirma. A juíza falou pela primeira vez sobre o ocorrido, em entrevista ao jornal O Globo.

Tula de Mello prestou um depoimento de mais de cinco horas na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na última quarta-feira, 2, na busca de elucidar o assassinato de João Pedro, que atuava na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) do Rio de Janeiro.

Apesar do ocorrido, Tula prefere não adotar uma postura de vítima. "Condição esta que, queiram ou não, me recuso a assumir. Com todas as minhas forças, serei agente de transformação para uma cidade livre, justa e fraterna. Não arrancaram um cordão de ouro do meu pescoço — arrancaram a vida de João, e isso é inegociável", afirma.

Ela também reforça que não gosta de chamar o que aconteceu de "tragédia", mas de "crime". "O que aconteceu foi um crime gravíssimo, escolha de homens que se organizaram para atos terroristas."

Tula não deu mais detalhes sobre o dia do crime, com o intuito de não comprometer as investigações. Segundo fontes da coluna Segredos do crime, do O Globo, na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o caso está em fase avançada de elucidação.

Uma testemunha importante é um policial militar amigo de João Pedro Marquini, para quem o policial civil ligou pelo viva-voz pouco antes de ser assassinado.

Ao perceber que criminosos haviam atravessado um Tiggo 7 prata na Serra da Grota Funda, o agente da Core, que dirigia um Sandero à frente do Outlander blindado da esposa, sinalizou para que a magistrada se afastasse. Tula Mello, de imediato, recordou-se das manobras evasivas e defensivas aprendidas com o próprio marido. Já João Pedro foi atingido por dois tiros no tórax, dois em um dos braços e um na perna, morrendo no local.

O carro usado pelos criminosos foi encontrado na comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena, na Zona Oeste, a 11 quilômetros da cena do homicídio. O veículo era roubado e tinha uma placa clonada.

Fonte: Redação Terra
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