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Foi de bike trabalhar ou vai para a balada? Tome um banho em plena Avenida Faria Lima

Quatro chuveiros foram instalados perto da ciclovia em uma das mais importantes vias comerciais de São Paulo; banho custa a partir de R$ 12

12 set 2019 - 15h14
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O dia no trabalho foi difícil e no fim da tarde você recebe aquele convite irresistível para um happy hour. Sua casa está longe, então voltar para tomar um banho não é uma alternativa. Ou você decide ir trabalhar de bike, mas gostaria de tomar um banho antes de chegar ao escritório.

A boa notícia é que já é possível tomar um banho em plena Avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo.

O empresário Tiago Godoi, de 37 anos, instalou quatro chuveiros em um container dentro de um estacionamento perto do cruzamento das Avenidas Faria Lima e Cidade Jardim. O sistema é totalmente automatizado.

"Escolhi essa região por causa do grande número de empresas e pela quantidade de ciclistas que hoje utilizam a ciclovia da Avenida Faria Lima", disse.

A ideia do negócio surgiu quando Godoi usava a bicicleta como meio de transporte para ir ao trabalho, mas a empresa tinha somente um chuveiro por andar. Muitas vezes ele tinha de esperar de 15 a 20 minutos o colega terminar o banho.

Após três anos desenvolvendo o projeto, Godoi montou uma estrutura com quatro cabines com chuveiros. Cada cabine tem a parte úmida, onde o usuário toma banho, e a parte seca, para a troca de roupa. As portas são transparentes e ficam opacas no momento em que o usuário vira a chave. O aluguel da cabine de banho é válido por 15 minutos.

"Com o aplicativo no celular, o cliente chega à estação e inicia o banho. Tem uma máquina que entrega a toalha, o xampu, condicionador e a chave eletrônica para acessar essa cabine", explica Godoi.

Moradora de Guarulhos, na Grande São Paulo, a administradora de empresa Cristiane Maciel, de 42 anos, conta que o serviço de banho próximo do trabalho facilitou a realização de atividade física.

"Às terças, quartas e quintas-feiras chego aqui (na Faria Lima) por volta das 6 horas, me troco, e em seguida vou correr no Parque do Povo. Por volta das 7h30 já estou de volta e tomo banho. A praticidade e o conforto de chegar ao trabalho sem suor me ajudam a manter a vontade de continuar a praticar minha corrida matinal", disse Cristiane.

Já o projetista Fábio Poppi, de 44 anos, que mora no Jabaquara, na zona sul, disse que faz uso diário dos chuveiros compartilhados após usar a bicicleta como meio de transporte para chegar ao trabalho.

"A opção de poder tomar um banho após pedalar me deixa muito mais confortável. Se eu fosse vir de carro levaria 1h40; de bike são 27 minutos. Eu saio de casa às 7 horas e pouco e antes das 8 horas já estou aqui. Tomo um banho rápido e por volta das 8h15 já estou dentro do escritório. Com certeza, dessa maneira tenho mais qualidade de vida", conta Poppi.

Armários e espelhos

Em outra parte da estação, há armários que podem ser alugados e uma cabine de convívio comum em que o cliente pode secar o cabelo, utilizar os espelhos, e ainda usar o passadeira a vapor para desamassar a roupa.

Para utilizar o serviço é necessário baixar o aplicativo Sports To Go, fazer um cadastro e vincular um cartão de crédito.

O banho avulso custa R$ 12 - xampu, condicionador e toalha são cobrados à parte, pois o usuário pode levá-los, se preferir. Pelo kit com xampu e condicionador é cobrado R$ 1 e a tolha, R$ 3,80. O cliente também tem a opção de fechar pacotes para o mês todo - o mais completo, com dois banhos ao dia e kit, custa R$ 159,90.

Limpeza das cabines

De acordo com Godoi, a esterilização das cabines é feita com raios ultravioleta e limpeza manual após cada banho.

"A tecnologia da limpeza dos chuveiros foi inspirada em modelos da Boing. Além da esterilização do local, feita quatro vezes ao dia, a cada banho é feita uma limpeza manual. A cabine fica indisponível para uso até que seja feita a limpeza", disse.

Godoi planeja agora expandir o negócio para outras regiões da cidade, como Avenida Paulista e Engenheiro Luís Carlos Berrini, e também para outras cidades, como Rio de Janeiro e Brasília.

Estadão
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