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Famílias fazem atos no dia que marca 3 anos do Massacre da Dz7

Manifestações ocorrem nesta quinta-feira (1), na região central e no extremo sul da cidade de São Paulo

1 dez 2022 - 02h00
(atualizado às 13h43)
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O massacre que deixou nove jovens mortos durante uma ação policial no baile funk da DZ7, em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, completa três anos nesta quinta-feira (1º) e o dia é marcado por homenagens e atos de justiça.

Foto: Reprodução/Instagram

Parentes das vítimas e moradores da comunidade se reúnem no começo da tarde desta quinta para um ato na Praça da Sé e outro no Metrô Capão Redondo, com caminhada até o Hospital Campo Limpo, para onde foram levadas algumas das vítimas no dia do ocorrido. 

Os manifestantes pedem a punição dos policiais que fecharam acessos da favela e jogaram bombas de gás nos frequentadores do baile, provocando o tumulto.

Na Justiça comum, 13 policiais militares são réus no processo que apura a responsabilidade pelas mortes em Paraisópolis. Todos os agentes respondem aos crimes em liberdade. Doze deles são acusados pelo Ministério Público (MP) pelo crime de homicídio com dolo eventual, que é aquele no qual se assume o risco de matar. Um 13º agente é réu por expor pessoas a perigo ao soltar explosivos nelas.

“Já vai fazer 3 anos que eu estou lutando para que o Estado admita o erro. É uma tortura saber que os assassinos do meu filho continuam sendo da polícia, que seguem suas vidas naturalmente sem punição alguma. Reconhecer o erro, contudo, não é o suficiente, é preciso admitir que essa polícia não nos protege”, diz Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique, um dos 9 jovens mortos. 

Para ela, é preciso admitir que os jovens foram assassinados. “Estamos lutando por justiça porque não eram filhos de bacana, pois se ao menos um dos nove que perdemos fosse filho de quem tem poder aquisitivo, essa situação já teria sido resolvida e com certeza os policiais já teriam sido banidos da corporação”. 

Em nota, a Polícia Militar afirma que os policiais envolvidos respondem a processo criminal e aguardam a decisão da Justiça e que “em todas as ocorrências cujo desfecho não foi o desejado, a Polícia Militar faz estudo de caso e revisa os protocolos adotados”.

Fonte: Visão do Corre
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