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Cidades

Enfermeiros protestam no vão livre do Masp contra o Ato Médico

1 jul 2013 - 12h43
(atualizado às 12h48)
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Em carta aberta à sociedade, o Conselho Federal de Enfermagem disse estar preocupado com o impacto social que a aprovação do Ato Médico trará, caso ocorra a sanção presidencial
Em carta aberta à sociedade, o Conselho Federal de Enfermagem disse estar preocupado com o impacto social que a aprovação do Ato Médico trará, caso ocorra a sanção presidencial
Foto: J. Duran Machfee / Futura Press

Um pequeno grupo de enfermeiros realizou um protesto na manhã desta segunda-feira no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, contra o Ato Médico e pelas 30 horas de trabalho da categoria. De acordo com a Polícia Militar, não houve distúrbios e registros de incidentes.

Em carta aberta à sociedade, o Conselho Federal de Enfermagem disse estar preocupado "com o impacto social que a aprovação da Lei intitulada 'Ato Médico' trará, caso ocorra a sanção presidencial." "Há que se ressaltar que o Ato Médico - se sancionado na sua integralidade - acarretará situações conflitivas para os enfermeiros e, consequentemente, o engessamento do Sistema Único de Saúde. O enfermeiro planeja, organiza, coordena, executa e faz avaliação tanto da estratégia, como da cobertura vacinal e taxa de abandono, o que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado, além de ser capaz de reavaliar todo o processo", afirmou o conselho.

"Podemos resumir que o impacto do Ato Médico desrespeita os avanços conseguidos na perspectiva dos princípios da integralidade, principalmente na atenção básica, com a constituição das Equipes de Saúde da Família, que trabalham de forma multiprofissional e horizontal na organização do processo de trabalho. E também fere a autonomia do Enfermeiro ao criar o verticalismo nas ações e atividades, que passariam a depender de prescrição médica, desconsiderando os avanços na prática, no conhecimento e na tecnologia já normatizada pelo SUS", completou o órgão.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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