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Corrupção impede reconstrução de cidades atingidas por chuva

R$ 3,5 bilhões foram enviados para educação, saúde e reconstrução de cidades em Pernambuco e Alagoas, mas obras estão atrasadas e até mesmo, em alguns casos, abandonadas

15 set 2014 - 10h54
(atualizado às 11h08)
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Milhões de reais foram enviados para a reconstrução de cidades nos Estados de Alagoas e Pernambuco após fortes chuvas atingirem os locais em 2010. Os valores, porém, foram desviados ou empregados em obras inacabadas, de acordo com informações do Fantástico, da TV Globo.

Segundo o programa, R$ 3,5 bilhões foram enviados para educação, saúde e reconstrução das cidades. Mas as obras estão atrasadas e até mesmo, em alguns casos, abandonadas.

A enchente de 2010 no Rio Mundaú atingiu 19 cidades alagoanas e 68 pernambucanas. Quase 100 mil pessoas ficaram desabrigadas e 45 morreram. Em Santana do Mundaú (AL), por exemplo, uma escola construída após a enchente caiu.

“A construtora já assumiu o erro, o equívoco que teve na falta de estudo de solo, já notificamos e isso não vai ter nenhum custo para o estado”, disse o coordenador do Programa de Reconstrução de Alagoas, Herbert Motta.

Após quatro anos da tragédia no Estado, das 55 escolas destruídas pela cheia do rio, 14 ainda não foram entregues pelo governo estadual.

Em Palmares (PE), quatro escolas ainda precisam ser reconstruídas. O governo pernambucano diz que as obras só devem ficar prontas em outubro do ano que vem.

Saúde

No município de Rio Largo (AL), uma unidade de saúde está abandonada no meio do mato. A obra custou quase R$ 500 mil, segundo o jornal. Um outro Posto de Saúde inaugurado após a enchente nunca recebeu um paciente, já que os móveis e equipamentos foram roubados.

Em União dos Palmares (AL), políticos são acusados de desvio de dinheiro público. A prefeitura teria pagado por serviços que nunca foram realizadas. Para tentar legalizar a fraude, usou notas fiscais suspeitas.

Enquanto isso, uma escola do município está sem água desde o início do ano, por falta de equipamento para bombear água do açude. Além disso, alunos vão para a escola em paus de arara, sem nenhum tipo de segurança.

Fonte: Terra
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