Chuva em São Paulo diminui e Prefeitura retira cidade do estado de atenção para alagamentos
CGE encerra estado de atenção por volta das 17h30 e mantém cidade apenas em observação. Risco para temporais perde força e possibilidade de alagamentos é baixa
A chuva desta segunda-feira, 27, deixou a cidade de São Paulo em estado atenção para alagamentos, mas diminuiu de intensidade no fim da tarde.
Por volta das 17h30, o centro encerrou o estado de atenção para todas as regiões mencionadas e mantém a cidade apenas em estado de observação. "O potencial para alagamentos é baixo. As próximas horas seguem sem previsão de temporais na cidade", diz o CGE, em nota.
As chuvas estão sendo formadas pela entrada da brisa marítima, que se soma ao tempo abafado gerado pelo calor da manhã. Mais cedo, a previsão era de precipitações com pancadas de intensidade moderada a forte, com raios e rajadas de vento e risco para alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos de terra.
Imagens do radar meteorológico do CGE indicam que as chuvas são consideradas de nível moderado nas regiões oeste e sul, e que as instabilidades se deslocam em ritmo lento pela cidade.
A previsão para a próxima terça-feira, 28, é de sol entre nuvens e tempo abafado na parte da manhã com possibilidade de pancadas de chuvas de moderada a forte intensidade entre a tarde e o início da noite. Os termômetros variam entre mínimas de 19°C e máximas que podem superar os 28°C.
A Defesa Civil do Estado montou um gabinete de crise em razão dos temporais deste início da semana, provocados pela chegada de uma frente fria. A ideia é atuar de forma coordenada e mais ágil em casos mais graves. O gabinete funcionará até terça.
Na sexta-feira, 24, a cidade foi atingida um dos temporais mais fortes desde o início das medições realizadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os pluviômetros registraram 125mm de chuva, o terceiro maior volume em 64 anos, e correspondeu a quase metade do esperado por todo o mês de janeiro (288mm).
A tempestade provocou uma série de transtornos, entre alagamentos de ruas e estações de metrô, enxurradas, e desabamento de uma casa e do teto do Shopping Center Norte, na Vila Guilherme, zona norte da capital.
Moradores do bairro Vila Madalena, na zona oeste, tiveram suas casas tomadas pelas inundações e perderam uma série de pertences. No dia seguinte ao da tempestade, era possível ver carros empilhados pela via, que haviam sido arrastados pela força das águas.
Perto dali, o artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, morador de Pinheiros, também na zona oeste, teve a casa invadida pelas águas e foi encontrado morto no sábado, 25. Desde o início de dezembro, o Estado de São Paulo já registrou 17 mortes causadas pelas chuvas.
No domingo, 26, outra chuva forte caiu em São Paulo e região metropolitana, mas de menor intensidade. Os temporais chegaram a causar alagamentos, o desabamento da laje de uma garagem residencial, em Guarulhos, e provocou também a queda de algumas árvores. O jogo entre São Paulo e Corinthians, no MorumBis, zona sul da cidade, precisou ser adiado em uma hora por conta da tempestade.