Cão convulsiona após intoxicação com plantas em área pet de padaria em SP
Pingo precisou receber atendimento em UTI e lutou pela vida
Pingo, cão filhote da raça Border Collie, acompanhava os tutores durante uma simples ida à padaria Bossa Bakery, na região do Morumbi, em São Paulo, quando, depois de duas horas no estabelecimento, começou a convulsionar em plena área pet do local.
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Os tutores, Rafael e Bruna, levaram o pet para um hospital veterinário. Chegando lá, Pingo foi imediatamente internado na UTI da unidade.
Durante os três primeiros dias de recuperação, o cachorro chegou a ficar cego e os tutores temiam pela perda total da visão do animal.
Sob ordens dos médicos veterinários, Rafael e Bruna então voltaram à padaria para entender o que o cão poderia ter ingerido que lhe causou a intoxicação.
"A gerente nos acompanhou enquanto tiramos foto das plantas e enviou o projeto de paisagismo para nós.
Logo que os veterinários do hospital analisaram o projeto da Bossa Bakery, nos informaram que havia 4 plantas tóxicas na área destinada aos pets — Strelitzia, Clusia, Guaimbê e Costela de Adão", explicou Rafael para o Terra.
Segundo os tutores, houve uma tentativa de comunicação com o estabelecimento pedindo que as plantas fossem retiradas do local ou que ele deixasse de se apresentar como pet friendly para proteção de futuros animais.
O casal entrou com uma notificação extrajudicial contra a padaria pedindo pelo reembolso dos custos veterinários referentes aos 5 dias de internação. "Eles responderam a notificação dizendo que não reconhecem as plantas como tóxicas", contou Rafael.
O Terra entrou em contato com a padaria que afirmou ter as plantas na região, mas que é de responsabilidade do tutor não permitir que o animal tente ou consiga comer essas vegetações.
"O Pingo está 100% curado (inclusive da visão). Segundo os veterinários do hospital e também a veterinária que acompanha o Pingo, foi um milagre ele sobreviver", relatou ao Terra.
Os profissionais alertaram que o cuidado pela vida do pet só foi possível devido à velocidade do socorro e também à idade dele — 1 ano e 6 meses de vida.
Rafael e Bruna afirmaram que entrarão com pedido judicial para garantir o reembolso dos custos veterinários, bem como a garantia de que outros animais não precisem passar pelo que Pingo passou.
