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Butantan tem entendimento muito bom com Anvisa, diz presidente do instituto

17 nov 2020 - 14h58
(atualizado às 16h04)
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O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta terça-feira que o órgão tem um "entendimento muito bom" com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do ponto de vista técnico, após suspensão temporária de estudos promovidos pelo órgão com a vacina chinesa contra a Covid-19 CoronaVac na semana passada.

Presidente do Butantan, Dimas Covas, durante entrevista coletiva em São Paulo
10/11/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente do Butantan, Dimas Covas, durante entrevista coletiva em São Paulo 10/11/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Covas e o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, participam nesta terça de audiência pública em comissão externa da Câmara dos Deputados de enfrentamento à Covid justamente por conta da interrupção dos testes. O Butantan é responsável pelos testes da vacina no Brasil e produzirá o imunizante.

"Em relação a essa vacina nós temos um entendimento muito bom com a Anvisa do ponto de vista técnico, reuniões periódicas acontecem com a equipe do doutor Gustavo", disse o presidente do Butantan, referindo-se a Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, que também participa da audiência.

Covas disse ainda que a interrupção não afetou ou trouxe qualquer prejuízo ao estudo clínico com a potencial vacina contra o coronavírus. Também afirmou que dados indicam um "excelente" perfil de segurança da CoronaVac.

Em sua fala, Mendes lembrou a suspensão envolvendo apenas a vacinação de voluntários e disse que foi adotado "o princípio da cautela". O secretário afirmou que a agência adotou uma reorganização dos procedimentos administrativos para possibilitar agilidade nas respostas do órgão.

No início da semana passada, a Anvisa determinou a interrupção dos testes no país da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 da chinesa Sinovac, após a ocorrência de um evento adverso grave com um voluntário, que posteriormente soube-se tratar-se do suicídio de um participante do estudo. A agência autorizou a retomada dos estudos dois dias depois.

Segundo o presidente do Butantan, há técnicos do Brasil já em procedimentos de quarentena para visita às unidades produtoras de matéria-prima da vacina na China.

Covas afirmou que o instituto deve receber matéria-prima ainda neste mês. Também deve receber ainda nesta semana vacinas prontas.

Ele acrescentou ainda que "tudo caminha para que rapidamente tenhamos um quantitativo de 46 milhões de doses de vacinas prontas para uso já em janeiro".

"Existe, obviamente, uma urgência, um senso de urgência de nossa parte, porque nós sabemos que cada dia, no meio de uma pandemia como essa, conta. Cada dia nós contamos aí centenas de mortos, milhares de pessoas hospitalizadas, e portanto cada dia conta", disse Covas à comissão.

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