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Bolsonaro transforma atos em palanque eleitoral, ataca PT e pede voto

Presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou um tom mais moderado em comparação as declarações do ano passado

7 set 2022 - 17h53
(atualizado às 18h04)
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Jair Bolsonaro (PL) participou de atos em Brasília e no Rio de Janeiro
Jair Bolsonaro (PL) participou de atos em Brasília e no Rio de Janeiro
Foto: Wilton Junior / Estadão

O presidente Jair Bolsonaro (PL) abandonou o radicalismo do discurso do ano passado no 7 de Setembro e adotou um tom mais moderado durante as suas manifestações em atos em Brasília e no Rio de Janeiro nesta quarta-feira.

Após acompanhar o tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro discursou aos apoiadores na capital federal e afirmou que o objetivo de seu governo é a “liberdade eterna”. O presidente chamou o Brasil de “terra prometida” e “pedaço de paraíso” e citou indiretamente os governos do PT ao afirmar que, poucos anos atrás, o País estava “atolado em corrupção e desmando”.

De olho no voto feminino, Bolsonaro aproveitou a oportunidade para enaltecer Michelle Bolsonaro. Ele afirmou que a esposa é uma “mulher de Deus e da família”, e recomendou que os homens solteiros procurassem uma "princesa" para casar.

Na sequência, ele trocou beijos e afagos com a mulher. Foi nessa hora que os apoiadores começaram o grito de “imbrochável”. O presidente ouviu e tratou de puxar um coro ainda mais forte no microfone.

Em Brasília, Bolsonaro beija Michelle e puxa coro de "imbrochável":

Desta vez, Bolsonaro não fez ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou ao ministro Alexandre de Moraes, mas citou a Suprema Corte permitindo que os apoiadores vaiassem.

“Estou muito feliz em ter ajudado chegar até vocês a verdade (...) Hoje todos sabem quem é o Poder Executivo, todos sabem o que é a Câmara dos Deputados, o que é o Senado Federal e todos sabem também o que é o Supremo Tribunal Federal”, disse sob varias à meação da Corte.

A imprensa, outro alvo de crítica recorrente do presidente, também foi lembrada em sua fala na capital. "Aqui não tem a mentira Datafolha. Aqui é o nosso ‘datapovo’. Aqui é a verdade e a vontade de um povo honesto, livre e trabalhador. Tenho certeza que, juntos, em outubro [data das eleições] daremos mais um grande passo para o futuro do nosso país e das nossas famílias”, afirmou antes de pedir votos e recomendar que os apoiadores convençam quem pensa diferente deles.

Na parte da tarde, Bolsonaro participou de um motociata com apoiadores no Rio de Janeiro. Depois, discursou em evento na praia de Copacabana. Ele voltou a fazer críticas indiretas a Lula, chamando o petista de "quadrilheiro" e disse que ele deve ser "extirpado da vida pública". 

Com discurso eleitoral, Bolsonaro ataca Lula em Copacabana:

O chefe do Executivo ainda defendeu empresários investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e declarou mais uma vez que, caso reeleito, "todos terão de agir dentro das quatro linhas da Constituição".

Atrás em todos os cenários de pesquisas eleitorais, Bolsonaro também usou o microfone no Rio de Janeiro para pedir voto, como já tinha feito de manhã em Brasília. Ele afirmou que esquerdistas têm a cabeça vazia, mas que ele governa para os 215 milhões de brasileiros. Em seguida, afirmou que o "conhecimento liberará" e "fará ganharmos altura".

No fim do discurso, Bolsonaro se declarou flamenguista e revelou que acompanhará o duelo entre Flamengo e Vélez Sarsfield pela Libertadores nesta noite, no Maracanã.

Fonte: Redação Terra
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