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Bolsonaro diz que jamais entregará celular e critica ministro do STF

22 mai 2020 - 20h32
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, em entrevista à Jovem Pan, que jamais entregaria seu telefone celular ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que só o faria se fosse um rato, após apresentação de notícia-crime pedindo a apreensão do aparelho do presidente no inquérito que analisa suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Bolsonaro fala em evento em Brasília
 21/8/2019 REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro fala em evento em Brasília 21/8/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Um ministro do STF querer o telefone do presidente da República, por causa de fake news, tá de brincadeira comigo", disse Bolsonaro, acrescentando que os Poderes são independentes e precisam saber o seu limite.

A notícia-crime que pede a apreensão do celular de Bolsonaro, apresentada por partidos de oposição, foi enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito. O envio do pedido à PGR para que ela se manifeste a respeito é praxe em investigações.

Bolsonaro disse que vai continuar respeitando o STF, mas acrescentou que o ministro "pecou".

Em nota oficial, o gabinete do ministro Celso de Mello disse que o magistrado não determinou a busca e apreensão do telefone celular do presidente. O ministro afirmou que limitou-se a meramente encaminhar uma notícia de delito --chamado tecnicamente de notícia-crime-- feita por três partidos políticos ao procurador-geral da República. Segundo ele, a medida tem amparo no Código de Processo Penal.

"Vê-se, portanto, que o Ministro Celso de Mello nada deliberou a respeito nem sequer proferiu qualquer decisão ordenando a pretendida busca e apreensão dos celulares das pessoas acima mencionadas, restringindo-se, unicamente, a cumprir os ritos da legislação processual penal. Nada mais além disso", disse a nota do gabinete do magistrado.

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