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Airbus A330 tem histórico de problemas com velocidade

6 jun 2009 - 17h46
(atualizado às 18h12)
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A Airbus enfrenta problemas com os sensores de velocidade da aeronave A330 pelo menos desde 2001, o que forçou mudanças no equipamento e no manual de vôo dos pilotos, de acordo com documentos regulatórios.

Barco da Marinha reboca peça da aeronave
Barco da Marinha reboca peça da aeronave
Foto: Força Aérea Brasileira / Divulgação

Uma mensagem de erro automática vinda do avião, apontando discrepâncias nos dados sobre velocidade de vôo, está entre os indícios disponíveis até agora para os especialistas que investigam o desaparecimento do A330 da Air France no Atlântico, no qual 228 pessoas viajavam do Rio de Janeiro a Paris.

O principal investigador francês do incidente disse neste sábado que problemas com a velocidade tinham surgido em um avião do mesmo tipo, mas ponderou que é cedo demais para dizer se esse seria o motivo da tragédia e acrescentou que a aeronave é segura.

A Airbus confirmou neste sábado que recomendou antes do acidente que as companhias aéreas mudassem os sensores de velocidade, mas afirmou que essa decisão é opcional, com base apenas no desempenho, e não em preocupações com a segurança que seriam obrigatórias.

As empresas, no entanto, foram alertadas sobre condições inseguras resultantes de potenciais danos causados por gelo às sondas atreladas à fuselagem, de acordo com registros online.

Em 2001, a França informou vários casos de flutuação repentina dos dados de velocidade de vôo do A330 ou do A340 durante duras condições de congelamento, de acordo com a agência de aviação civil dos EUA (FAA - Federal Aviation Administration).

"Indicações perdidas ou equivocadas sobre a velocidade de voo poderiam resultar em falta de informações o suficiente para a tripulação operar a aeronave com segurança e consequentes entradas em áreas fora do planejamento de vôo normal", escreveu a FAA em um documento de 2001.

A Airbus recebeu ordem para atualizar o manual para os pilotos. Na quinta-feira, após o acidente, a Airbus divulgou um memorando aos pilotos sobre os procedimentos no caso de discrepâncias de velocidade.

O avião que desapareceu era do modelo A330-200, o mais novo das duas variantes do A330. Ele foi construído em 2005.

Em 2002, as empresas que operam o modelo irmão A330-300 receberam ordem de atualizar os sensores de velocidade, mais uma vez por causa de problemas em condições de tempo extremas, segundo uma diretiva emitida na Austrália.

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

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