Autores de chacina que deixou 7 mortos em Porto Alegre são condenados a mais de cem anos
Vítimas tinham entre 30 e 71 anos. Uma delas estava grávida de oito meses
Em um julgamento que se estendeu por toda a madrugada de quinta-feira (19), dois homens foram condenados a penas de 109 anos, 10 meses e 23 dias de prisão cada um, por sua participação em uma das maiores chacinas da história recente do Rio Grande do Sul. O crime, ocorrido em julho de 2018, no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre, resultou na morte de sete pessoas, incluindo uma mulher grávida de oito meses.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o massacre foi motivado por uma disputa por pontos de tráfico de drogas. Os réus, ambos com 26 anos na época, invadiram uma residência e executaram cinco homens e duas mulheres de forma brutal. Além dos homicídios, eles também foram condenados por tentativa de homicídio contra uma oitava pessoa, que sobreviveu a um disparo na cabeça, e pelo aborto causado na mulher grávida.
O julgamento, que teve início em outubro de 2018, concluiu que os réus agiram com extrema crueldade, sendo condenados por sete homicídios duplamente qualificados, por motivo torpe (disputa pelo tráfico) e por usarem um recurso que dificultou a defesa das vítimas. A tentativa de homicídio e o aborto foram qualificados pelos mesmos motivos.
Os réus já estavam presos preventivamente desde o início do processo. As vítimas foram identificadas como Adriano Muller Guimarães, Breno Eli Silva de Freitas, Najara Katiane Schumacher Pereira, Douglas Seelig de Fraga, Jair da Luz de Souza, Vantuir Francisco Zanella Vieira, e Rita Borba de Aguiar.