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Mulheres que agrediram casal gay em SP vão a julgamento por injúria e homofobia

Caso aconteceu em fevereiro em padaria no bairro da Santa Cecília

21 mai 2024 - 12h15
(atualizado às 13h21)
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Jaqueline Ludovico será julgada após ataque à casal gay em São Paulo
Jaqueline Ludovico será julgada após ataque à casal gay em São Paulo
Foto: Reprodução/RedesSociais

Jaqueline Santos Ludovico e Laura Athanassakis Jordão, que atacaram um casal gay em fevereiro em uma padaria no bairro da Santa Cecília em São Paulo, serão julgadas por crimes de injúria e homofobia. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou na última segunda, 20, a denúncia do Ministério Público contra a empresária e a cantora. Elas poderão pegar até seis anos de detenção e serem obrigadas a indenizar o casal em até 35 salários mínimos. 

A agressão aconteceu na padaria Iracema Pães & Doces quando o casal chegou por volta das 4h da manhã. A confusão teria iniciado no momento em que a agressora se irritou por precisar sair de um local para que o carro das vítimas pudesse ser estacionado, passando a proferir ofensas homofóbicas, seguindo para tentativa de agressões físicas com chutes, tapas e até um cone de trânsito. 

A polícia foi acionada, mas todos os envolvidos foram liberados porque as vítimas optaram por realizar o boletim de ocorrência posteriormente. 

Em depoimento dado à polícia em 5 de março, Jaqueline afirmou estar bêbada no dia da agressão e que teve sua honra “de mãe e mulher” atacada pelo casal. “Fui xingada de piranha, vagabunda e vadia branca, sendo que sou parda”, disse.

Nenhuma testemunha ouviu tais ofensas. No mesmo interrogatório, a empresária assumiu que chamou os jovens de “veado”, mas atribuiu as ofensas homofóbicas ao nervosismo.

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Um mês antes, no dia 15 de fevereiro, Laura afirmou em depoimento não se lembrar de nada, apenas que sua amiga foi xingada de “piranha” pelos rapazes. Com a divulgação dos vídeos de segurança no dia 28 de fevereiro voltou a depor e afirmou que “só entrou na briga” para defender a amiga, apesar de as imagens mostrarem Laura jogando cones contra os rapazes. 

Mesmo com a denúncia, Jaqueline passou a atacar Rafael e Lucas em diversas postagens nas redes sociais. Ela também alterou a titularidade de sua empresa, que contava com problemas na Justiça, para uma amiga, a empresária Iara Crepaldi. 

Segundo ação que tramita no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Jaqueline orquestrou um esquema de fraude que movimentou R$ 200 mil. A denúncia aponta que ela teria recebido o valor de uma empresa do município de Tubarão, numa prática ilícita conhecida na praça como “golpe da publicidade”.

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Fonte: Redação Terra
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