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Misoginia: o que é, causas o que a lei diz e problemáticas

A misoginia enraíza o preconceito contra mulheres, sustentando a desigualdade e as violências ainda presentes na sociedade.

11 fev 2025 - 05h00
(atualizado em 11/4/2025 às 15h22)
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Resumo
A misoginia é definida como o ódio ou a aversão patológica às mulheres, que se manifesta de diversas formas na sociedade, desde micro agressões sutis até atos de violência extrema.
Misoginia atrapalha o desenvolvimento da mulher
Misoginia atrapalha o desenvolvimento da mulher
Foto: Roman Samborskyi | Shutterstock / Portal EdiCase

Misoginia é o ódio ou desprezo por mulheres, presente em atitudes, discursos e estruturas sociais. Identificar é o primeiro passo para combater.

Seja nos comentários "inocentes" do dia a dia, na objetificação do corpo feminino na mídia ou nos casos de violência contra a mulher que chocam o país, o ódio e a aversão às mulheres continuam a ser uma barreira para a construção de uma sociedade que não silencie vozes femininas e nem perpetue a violência. 

No Brasil, a misoginia se revela de maneira alarmante, com altos índices de violência contra a mulher e uma cultura que ainda tolera e até incentiva comportamentos machistas e misóginos. 

O que é a misoginia?

A misoginia é definida como o ódio ou a aversão patológica às mulheres, que se manifesta de diversas formas na sociedade, desde micro agressões sutis até atos de violência extrema. Trata-se de um problema complexo, com raízes históricas e culturais, que se perpetua através de estereótipos, preconceitos e desigualdades de gênero.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 5º, garante a igualdade entre homens e mulheres, "sem distinção de qualquer natureza".

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, foram registrados 1.410 feminicídios no Brasil, um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. Esse número alarmante revela um lado ainda pior da misoginia, que interrompe a vida de mulheres em decorrência do ódio de gênero. 

Além disso, a violência contra a mulher se manifesta de diversas formas, como agressões físicas, psicológicas, sexuais e patrimoniais, evidenciando a necessidade urgente de combater a misoginia em todas as suas formas.

A Lei Maria da Penha (Lei n.º 11.340/2006), por exemplo, é uma das leis que busca combater a misoginia e representa um importante marco no combate à violência contra a mulher no Brasil. 

Qual a diferença entre misoginia, machismo e sexismo?

Por mais que cada um desses conceitos tenha uma relação direta com a discriminação de gênero, é importante saber o que cada um deles significa, até mesmo para combater isso, seja dos espaços em que se está inserido ou na sociedade toda.

O machismo basicamente é uma crença masculina que prega que existe uma superioridade em relação às mulheres, colocando-as em uma posição subalterna. Por exemplo, quando homens fazem piadas sobre mulheres serem “seres emocionais” ou se sentem no direito de opinar sobre os seus corpos e sobre as suas decisões.

Já o sexismo é uma discriminação baseada no sexo ou gênero, resultando em desigualdades e estereótipos prejudiciais, como por exemplo, a desigualdade salarial, que coloca mulheres recebendo salários menos que os dos homens e a falta de mulheres líderes em empresas, por serem tidas como “menos competentes”.

E, por fim, a misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, manifestando-se em atos de violência, discriminação e humilhação. É bastante visto em ataques virtuais, onde mulheres são vítimas de ameaças de estupro, em casos de violência doméstica e até mesmo feminicídio.

Como dito anteriormente, existe uma relação entre os conceitos, já que o machismo é a base ideológica que sustenta o sexismo e a misoginia.

Como a misoginia afeta as mulheres?

A misoginia impacta diretamente na autoestima, na segurança e em diversos aspectos e na liberdade das mulheres. Isso porque, perpetua desigualdades de gênero e limita as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres. Além de piadas sexistas, comentários depreciativos, em sua forma mais extrema, podem levar à violência física e ao feminicídio.

A violência doméstica, o assédio sexual e outras formas de agressão são consequências da misoginia que afetam a integridade física e psicológica das mulheres. A misoginia se manifesta de diversas formas, como:

  • Violência física: agressões, espancamentos, mutilações e assassinatos motivados pelo ódio ao gênero feminino.
  • Violência psicológica: humilhações, xingamentos, ameaças, chantagens e controle excessivo.
  • Violência sexual: assédio, estupro, exploração sexual e outras formas de abuso.
  • Violência moral: difamação, calúnia, injúria e outras formas de ataque à reputação da mulher.
  • Violência patrimonial: controle do dinheiro, bens e documentos da mulher, com o objetivo de limitar sua autonomia financeira.
  • Violência simbólica: desvalorização da mulher, reforçando estereótipos e preconceitos.

Misoginia no Brasil

No Brasil, a misoginia se manifesta de forma escancarada. Somos um país que lidera rankings de violência contra a mulher, com altos índices de feminicídio, assédio e discriminação. 

A misoginia afeta todas as mulheres, independentemente de sua raça, classe social, orientação sexual ou idade. No entanto, mulheres negras, indígenas, trans e com deficiência podem sofrer impactos ainda mais intensos devido à interseccionalidade de diferentes formas de opressão.

Qual a importância de combater a misoginia?

A misoginia, como um sistema de crenças e práticas que inferioriza e oprime as mulheres, perpetua desigualdades, limita o desenvolvimento pleno do potencial feminino e fomenta a violência de gênero.

Ao combater a misoginia, estamos desafiando estruturas de poder, já que a misoginia é presente em diversas esferas da sociedade, desde o ambiente de trabalho até a cultura popular, afetando a vida de mulheres de todas as idades e classes sociais.

Quer ler mais artigos como esse? Acompanhe a editoria Nós e fique por dentro!

Fonte: Redação Terra
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