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Misoginia, o que é? Entenda o termo e suas implicâncias

Você já ouviu falar em misoginia? Saiba mais e aprenda a combater isso no dia a dia.

13 fev 2025 - 05h00
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Resumo
A misoginia é definida como o ódio ou a aversão patológica às mulheres, que se manifesta de diversas formas na sociedade, desde micro agressões sutis até atos de violência extrema.
Na imagem possui uma mulher com os braços cruzados, fazendo um x.
Na imagem possui uma mulher com os braços cruzados, fazendo um x.
Foto: Roman Samborskyi | Shutterstock / Portal EdiCase

A misoginia, um problema que já é enraizado na sociedade, persiste em pleno século XXI, mesmo em tempos onde os debates sobre igualdade de gênero tomam espaços importantes como a política, mercado de trabalho e acesso a direitos, manifestando-se de formas sutis e brutais. 

Seja nos comentários "inocentes" do dia a dia, na objetificação do corpo feminino na mídia ou nos casos de violência contra a mulher que chocam o país, o ódio e a aversão às mulheres continuam a ser uma barreira para a construção de uma sociedade que não silencie vozes femininas e nem perpetue a violência. 

No Brasil, a misoginia se revela de maneira alarmante, com altos índices de violência contra a mulher e uma cultura que ainda tolera e até incentiva comportamentos machistas e misóginos. 

O que é a misoginia?

A misoginia é definida como o ódio ou a aversão patológica às mulheres, que se manifesta de diversas formas na sociedade, desde micro agressões sutis até atos de violência extrema. Trata-se de um problema complexo, com raízes históricas e culturais, que se perpetua através de estereótipos, preconceitos e desigualdades de gênero.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 5º, garante a igualdade entre homens e mulheres, "sem distinção de qualquer natureza".

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, foram registrados 1.410 feminicídios no Brasil, um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. Esse número alarmante revela um lado ainda pior da misoginia, que interrompe a vida de mulheres em decorrência do ódio de gênero. 

Além disso, a violência contra a mulher se manifesta de diversas formas, como agressões físicas, psicológicas, sexuais e patrimoniais, evidenciando a necessidade urgente de combater a misoginia em todas as suas formas.

A Lei Maria da Penha (Lei n.º 11.340/2006), por exemplo, é uma das leis que busca combater a misoginia e representa um importante marco no combate à violência contra a mulher no Brasil. 

Qual a diferença entre misoginia, machismo e sexismo?

Por mais que cada um desses conceitos tenha uma relação direta com a discriminação de gênero, é importante saber o que cada um deles significa, até mesmo para combater isso, seja dos espaços em que se está inserido ou na sociedade toda.

O machismo basicamente é uma crença masculina que prega que existe uma superioridade em relação às mulheres, colocando-as em uma posição subalterna. Por exemplo, quando homens fazem piadas sobre mulheres serem “seres emocionais” ou se sentem no direito de opinar sobre os seus corpos e sobre as suas decisões.

Já o sexismo é uma discriminação baseada no sexo ou gênero, resultando em desigualdades e estereótipos prejudiciais, como por exemplo, a desigualdade salarial, que coloca mulheres recebendo salários menos que os dos homens e a falta de mulheres líderes em empresas, por serem tidas como “menos competentes”.

E, por fim, a misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, manifestando-se em atos de violência, discriminação e humilhação. É bastante visto em ataques virtuais, onde mulheres são vítimas de ameaças de estupro, em casos de violência doméstica e até mesmo feminicídio.

Como dito anteriormente, existe uma relação entre os conceitos, já que o machismo é a base ideológica que sustenta o sexismo e a misoginia.

Como a misoginia afeta as mulheres?

A misoginia impacta diretamente na autoestima, na segurança e em diversos aspectos e na liberdade das mulheres. Isso porque, perpetua desigualdades de gênero e limita as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres. Além de piadas sexistas, comentários depreciativos, em sua forma mais extrema, podem levar à violência física e ao feminicídio.

A violência doméstica, o assédio sexual e outras formas de agressão são consequências da misoginia que afetam a integridade física e psicológica das mulheres. A misoginia se manifesta de diversas formas, como:

  • Violência física: agressões, espancamentos, mutilações e assassinatos motivados pelo ódio ao gênero feminino.
  • Violência psicológica: humilhações, xingamentos, ameaças, chantagens e controle excessivo.
  • Violência sexual: assédio, estupro, exploração sexual e outras formas de abuso.
  • Violência moral: difamação, calúnia, injúria e outras formas de ataque à reputação da mulher.
  • Violência patrimonial: controle do dinheiro, bens e documentos da mulher, com o objetivo de limitar sua autonomia financeira.
  • Violência simbólica: desvalorização da mulher, reforçando estereótipos e preconceitos.

Misoginia no Brasil

No Brasil, a misoginia se manifesta de forma escancarada. Somos um país que lidera rankings de violência contra a mulher, com altos índices de feminicídio, assédio e discriminação. 

A misoginia afeta todas as mulheres, independentemente de sua raça, classe social, orientação sexual ou idade. No entanto, mulheres negras, indígenas, trans e com deficiência podem sofrer impactos ainda mais intensos devido à interseccionalidade de diferentes formas de opressão.

Qual a importância de combater a misoginia?

A misoginia, como um sistema de crenças e práticas que inferioriza e oprime as mulheres, perpetua desigualdades, limita o desenvolvimento pleno do potencial feminino e fomenta a violência de gênero.

Ao combater a misoginia, estamos desafiando estruturas de poder, já que a misoginia é presente em diversas esferas da sociedade, desde o ambiente de trabalho até a cultura popular, afetando a vida de mulheres de todas as idades e classes sociais.

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Fonte: Redação Terra
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