Grávida de 8 morta, mulher de 27 anos é morta pelo marido; familiares lamentam: ‘Ensinava sobre lutar’
Corpos do casal foram encontrados no último domingo, 9, em Campinas (SP)
Familiares e amigos prestaram homenagens a Denise Tizo Oliveira, grávida de oito meses morta pelo marido em um caso registrado como feminicídio seguido de suicídio. Eles ressaltaram sua força, sonhos e legado como mulher lutadora.
Denise Tizo Oliveira, a gestante de oito meses morta pelo marido, recebeu várias homenagens nas redes sociais de amigos e familiares. A jovem de 27 anos foi encontrada sem vida em uma casa, no bairro Jardim Santa Lúcia, em Campinas (SP).
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O corpo dos dois foi encontrado no último domingo, 9, pois Vinícius Franco de Freitas, de 29, também teria se matado logo depois de ter atingido a vítima com um objeto cortante. O bebê não sobreviveu.
Uma prima dela falou nas redes sociais sobre o ‘sorriso lindo, sincero e puro’ que a dentista tinha e a descreveu como ‘vaidosa. “A minha prima Denise sempre gostou de um cafuné, principalmente, da nossa avó dona Isabel. Pensa em uma menina vaidosa. Ela até me ensinou a fazer cafuné nela sem bagunçar o cabelo. Vou sentir muito sua falta e de seu sorriso lindo, esse sincero e puro e verdadeiro. Te amo muito prima”.
Outra amiga disse que Denise era ‘cheia de sonhos’ e competente para realizá-los. “Amiga de faculdade, uma Dra que ensinava sobre lutar, não se calar e não desistir. A notícia veio como uma bomba, um nó na garganta, uma angústia revoltante. Que as duas almas recebem a luz”, escreveu.
Em nota, o Centro Acadêmico Alberto Sansiviero e a Turma XXXIV da Faculdade de Odontologia da Universidade Nove de Julho, onde a jovem se formou, lamentaram o crime. “Este crime brutal e covarde não é um caso isolado, mas sim o reflexo de uma violência estrutural e machista que ceifa vidas e destrói famílias”.
O crime
De acordo com o Estadão, o boletim de ocorrência da Polícia Militar consta que o corpo da jovem tinha um ferimento “perfurocortante" na cabeça, como uma faca, apreendida no local. O irmão de Vinícius foi quem encontrou o casal sem vida e tentou reanimá-lo.
Relatos dele e do padrasto do marido de Denise apontam que o casal tinha desentendimentos constantes. O padrasto teria dito aos policiais que o aconselhou a ser “mais maleável” e que “controlasse os seus impulsos”.
A morte dos dois foi constatada no local por uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O caso foi registrado como feminicídio seguido de suicídio e será investigado pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas.
O velório e o sepultamento de Denise serão no cemitério Cachoeirinha, na Vila dos Andrades, na capital paulista, na manhã desta terça-feira, 11.
Atenção! Em caso de pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida), que funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, por e-mail, chat ou pessoalmente. Confira um posto de atendimento mais próximo de você (https://www.cvv.org.br/postos-de-atendimento/)