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Daniel Alves recebeu R$ 800 mil da família de Neymar para pagar redução de pena, diz site

Ex-jogador do São Paulo e do Barcelona está preso na Espanha desde 20 de janeiro do ano passado sob a acusação de estupro

9 jan 2024 - 12h26
(atualizado às 14h40)
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O atleta afirma que a relação foi consensual e alega inocência
O atleta afirma que a relação foi consensual e alega inocência
Foto: Alex Silva/ Estadão

Perto de completar um ano preso sob acusação de estuprar uma mulher de 23 anos, Daniel Alves pediu ajuda financeira e jurídica de Neymar e família. Segundo o portal Uol, o pai do craque da seleção brasileira, Neymar da Silva Santos, depositou 150 mil euros (aproximadamente R$ 800 mil) ao ex-jogador do São Paulo e do Barcelona, que utilizou a quantia para reduzir a pena caso seja condenado. O atleta afirma que a relação foi consensual e alega inocência. Procurado pelo Estadão, a assessoria de Neymar não se manifestou.

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O valor pago por Daniel Alves à Justiça da Espanha com o dinheiro transferido pela família de Neymar é referente a uma multa chamada de "atenuante de reparação de dano causado". Assim, apesar do pedido de 12 anos de prisão feito pelo Ministério Público da Espanha, a tendência é que Daniel Alves, se condenado, permaneça no máximo seis anos atrás das grades. A advogada da denunciante contesta a possível redução da eventual pena.

Ainda de acordo com a publicação, o pagamento ocorreu em 9 de agosto do ano passado. Um comprovante da transferência do valor pela família de Neymar a Miraida Puentes, ex-advogada de Daniel Alves, serviu como prova. Procurada pelo site, ela não se manifestou sobre o assunto. Cristóbal Martell, que trabalhou na defesa do brasileiro ao lado de Miraida se recusou a comentar o caso. Atualmente, o jogador é representado no processo por Inés Guardiola.

O Uol também informou que Daniel Alves contou com o apoio jurídico de Gustavo Xisto, um dos representantes jurídicos mais antigos das empresas do pai de Neymar. O jogador constituiu o advogado como procurador em 28 de junho de 2023, mesmo dia em que Dinorah Santana, mãe dos filhos do atleta e até então sócia, foi destituída da gestão do patrimônio de Daniel Alves. Procurado pelo Estadão, o advogado não se manifestou.

Dinorah acionou a Justiça do Rio em agosto do ano passado cobrando de Daniel Alves R$ 13 milhões em pensão alimentícia. O jogador teve bloqueados R$ 7 milhões além de 30% do que recebe mensalmente do São Paulo pelo acordo de pagamento de salários atrasados.

A Justiça espanhola marcou o julgamento de Daniel Alves para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro. Além do pedido de 12 anos de reclusão, pena para crimes envolvendo agressão sexual na Espanha, o MP solicitou, ainda, dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período.

Ao longo do período detido, Daniel Alves mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga.

Estadão
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