O cargueiro Midas tinha uma missão: levar carros da China para o México — acabou pegando fogo e afundando com 3.000 veículos a bordo
Navio transportava 3.048 veículos novos, sendo 70 elétricos e 681 híbridos
Seu nome era Morning Midas. Zarpou em 26 de maio do porto chinês de Yantai com mais de 3.000 veículos a bordo e destino ao porto mexicano de Lázaro Cárdenas. Nunca chegou. Em 23 de junho, após várias semanas à deriva por causa de um incêndio a bordo, o cargueiro afundou em águas profundas do Pacífico Norte, a mais de 600 quilômetros a sudoeste de Adak, no Alasca. Desapareceu em silêncio, deixando para trás um rastro de fumaça, aço e carros que jamais tocarão terra firme.
O fogo começou em 3 de junho. Segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos, a fumaça vinha do convés onde estavam os veículos elétricos. A bordo viajavam 22 tripulantes. Todos conseguiram evacuar a tempo em um bote salva-vidas e foram resgatados sem ferimentos pelo cargueiro Cosco Hellas, que estava na região.
Um cargueiro que ficou à deriva no meio do oceano
Por dias, o Morning Midas ficou à deriva, ainda envolto em fumaça. Equipes de resgate trabalharam junto com a Zodiac Maritime — a gestora britânica do navio — para avaliar a situação e preparar uma possível recuperação. Mas não houve tempo. A combinação dos danos estruturais, do mau tempo e da entrada de água acabou fazendo com que o navio afundasse a mais de 5.000 metros de profundidade.
A carga era tão valiosa quanto reveladora: 3.048 veículos, entre eles 70 elétricos e 681 híbridos, segundo os dados atualizados pela Guarda Costeira após verificar as informações com a Zodiac Maritime. Cada unidade possivelmente já tinha um destino definido: uma ...
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